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          O sistema esquelético é composto pelo conjunto de ossos, cartilagens e articulações do corpo. Um humano adulto possui em torno de 206 ossos individuais dispostos a formar o forte e flexível arcabouço do corpo. O número de ossos varia de uma pessoa para outra dependendo da idade e fatores genéticos. Ao nascimento, o esqueleto possui em torno de 270 ossos, pois muitos deles são formados por ossos separados que ainda passarão pelo processo de ossificação e sinostose para formar um osso único, como é o caso do osso do quadril. Durante a infância o osso do quadril é formado pelo ílio, ísquio e púbis, os quais na fase adulta se fundem (sinostose) e formam o osso do quadril. Além disso, o número de ossos pode variar devido o desenvolvimento de ossos extranumerários (ou supranumerários ou acessórios), os quais surgem durante a ossificação ou por processos patológicos como a anquilose (fusão patológica entre ossos). A variação do número de ossos também é comum devido procedimentos cirúrgicos para remoção ou fusão dos ossos.

        Cada osso é um órgão que desempenha uma parte no funcionamento global do sistema esquelético; são estruturas rígidas e altamente especializadas de tecido conjuntivo especializado. Suas principais funções são: proteção de órgãos vitais como encéfalo, medula espinal, pulmões e coração, sustentação e dar formato ao corpo, armazenamento de sais como cálcio e fosfato, servir de alavanca para locomoção e fixações musculares, armazenamento do lipídeos e hematopoiese (produção de células sanguíneas).

       O esqueleto é dividido em: 

              1. Esqueleto axial: forma o eixo ósseo do corpo, sendo composto pelos ossos da cabeça, coluna vertebral, esterno, costelas e cartilagens costais e osso hioide;

              2. Esqueleto apendicular: formado pelos ossos que se ligam ao esqueleto axial, sendo composto pelos cíngulos e ossos das partes livres dos membros superiores e inferiores de cada lado do corpo.

 

        A ciência que estuda os ossos é a osteologia. E nessa página vamos descrever os ossos que formam o ESQUELETO AXIAL.

                                                                                            

1. OSSOS DA CABEÇA

             O conjunto dos 22 ossos da cabeça é denominado de crânio. Por sua vez, o crânio é estudado em duas divisões: o neurocrânio e o viscerocrânio. Como o próprio nome sugere, o neurocrânio possui relação com o sistema  nervoso, mais especificamente, o encéfalo, formando o arcabouço (caixa óssea) que protege esse órgão e as membranas que o recobrem, as meninges cranianas, assim como as origens aparentes dos nervos cranianos e estruturas que formas a árvore vascular encefálica. O viscerocrânio é formado pelos ossos da face, ou seja, forma a porção anterior do crânio "e consiste nos ossos que circundam a boca, nariz e a maior parte das órbitas.

  • NEUROCRÂNIO: formado por 8 ossos - ossos ímpares (na linha mediana):  frontal, etmoide, esfenoide e occipital; ossos pares (bilaterais; de cada lado da linha mediana): temporais e parietais.

  • VISCEROCRÂNIO: formado por 15 ossos - ossos ímpares (na linha mediana): mandíbula, etmoide (em parte) e vômer; ossos pares (bilaterais; de cada lado da linha mediana): maxilas, conchas nasais inferiores, zigomáticos, palatinos, nasais e lacrimais.

        O neurocrânio é dividido em calvária que forma seu teto e em base do crânio que forma seu assoalho. A maior parte dos ossos da calvária é formada por ossificação intramembranácea, dando origem a grandes áreas planas. Já os ossos da base são basicamente irregulares e são formados em sua maioria por ossificação endocondral ou pela combinação dos dois tipos de ossificação.

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ESQUELETO AXIAL​ 

VISTA LATERAL DIREITA DO CRÂNIO

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VISTA LATERAL ESQUERDA DO CRÂNIO

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VISTA ANTERIOR DO CRÂNIO

VISTA INFERIOR DO CRÂNIO

VISTA SUPERIOR DO CRÂNIO

VISTA POSTERIOR DO CRÂNIO

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2. Coluna Vertebral

         A coluna vertebral é formada pela sobreposição das vértebras e intercaladas pelos discos intervertebrais. Segue do crânio até o ápice do cóccix, medindo, aproximadamente, 70 cm nos homens e 60 cm nas mulheres. As funções consistem em proteger a medula espinal, sustentar o peso do corpo, permitir o eixo parcialmente rígido garantindo a postura do corpo, além de ser um local de hematopoese durante toda a vida. A princípio, a coluna vertebral tem 33 vértebras: 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas, posteriormente (30 anos), as vértebras coccígeas e sacrais se unem, tornando-as fixas, e como resultado totaliza-se em 24 vértebras móveis, o sacro e o cóccix.

      2.1. Curvaturas normais da coluna

         Ao nascer, o lactente tem a coluna com apenas uma curvatura côncava voltada para a frente do corpo devido à posição fetal (fletida). Quando a criança começa a sustentar a cabeça, a sentar e a ficar de pé, as curvaturas cervical e lombar começam a se desenvolver tornando côncavas posteriormente e por esse motivo são chamadas de curvaturas secundárias.  Por outro lado, as curvaturas torácica e sacral que já são formadas desde o período embrionário são classificadas como curvaturas primárias. Dessa forma, a coluna vertebral de um adulto tem 4 curvaturas normais sendo 2 cifoses (torácica e sacral) e 2 lordoses (cervical e lombar).

    O exagero ou aparecimento de novas curvaturas caracterizam anomalias congênitas ou adquiridas que afetam a postura e dependendo do grau de alteração, até mesmo a função de órgãos internos, principalmente, do sistema respiratório, cardiovascular e digestório. O exagero das cifoses e lordoses são denominados de hipercifoses e hiperlordoses. Essas curvaturas também podem se inverter, ou seja, uma cifose pode tornar-se lordose e vice-versa. Além disso, em vista anterior os corpos vertebrais aparecem alinhados verticalmente e nenhuma curvatura é observada. Entretanto, curvaturas laterais podem surgir caracterizando as escolioses.

Vista lateral esquerda

Vista anterior

Vista posterior

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C1 - Atlas

C2 - Áxis

C3

C4

C5

C6

C7

T1

T2

T3

T4

T5

T6

T7

T8

T9

T10

T11

T12

L4

L5

L3

L2

L1

Occipital
Coluna cervical (7 vértebras)
Disco Intervertebral
Nervo espinal (emergindo do forame intervertebral)
Cóccix (4 vértebras)
Sacro (5 vértebras)
Osso do quadril (não faz parte da coluna vertebral)
Coluna lombar (5 vértebras)
Coluna torácica (12 vértebras)
Sacro (5 vértebras)
Cóccix (4 vértebras)
Lordose; curvatura secundária cervical
Lordose; curvatura secundária lombar
Cifose; curvatura primária torácica
Cifose; curvatura primária sacral

2.2. Características de uma vértebra comum

       Uma vértebra é dividida em corpo vertebral, sendo a maior parte de uma vértebra, e arco vertebral que, por sua vez, apresenta 7 processos

           O corpo vertebral é a parte anterior que é responsável pela sustentação do peso do corpo, além de criar um eixo colunar do esqueleto. O tamanho aumenta à medida que se desce pela coluna, pois são as vértebras mais inferiores que sustentam mais peso do corpo. Nas faces anterior e lateral dos corpos vertebrais estão os forames nutrícios, local de passagem para os vasos sanguíneos, já nas faces superior e inferior do estão fixados os discos intervertebrais que tem como função amortecer impactos entre uma vértebra e outra. A porção periférica de cada disco é composta por fibrocartilagem, o anel fibroso e em seu centro encontramos uma substância amorfa de consistência gelatinosa, o núcleo pulposo, um resquício da notocorda.

        O arco vertebral, se estende posteriormente ao corpo vertebral e constitui-se em dois pedículos e duas lâminas (direita e esquerda). Os pedículos são projeções arredondadas que estão na parte inferior do corpo vertebral e tem como função formar a base do arco vertebral, além de se unir às lâminas. Já as lâminas são placas planas de osso que se unem na parte mediana inferior. As incisuras vertebrais superiores e inferiores das vertebras adjacentes formam os forames intervertebrais, locais os quais os nervos espinais saem da coluna vertebral.

    Do arco vertebral, originam-se 7 processos. Um processo espinhoso que se projeta no plano mediano posteriormente a partir da união das lâminas, dois processos transversos que se projetam posterolateralmente e servem como alavancas para músculo e ligamentos, responsável pela rotação e pela flexão lateral, e 4 processos articulares (zigapófises), sendo dois superiores e dois inferiores que também se originam da junção pediculolaminares. Os processos articulares superiores apresentam faces dorsais, que dependendo do nível vertebral podem apresentar inclinação lateral ou medial. Os processos articulares inferiores têm faces voltadas para frente, que também tem inclinação lateral ou medial, dependendo do nível vertebral. Os dois processos articulares superiores de uma vértebra se articulam com os dois processos articulares inferiores da vértebra superior, e assim por diante.

        Entre o corpo vertebral e o arco vertebral, temos o forame vertebral, e a sobreposição desses forames forma o canal vertebral que é local de passagem para a medula espinal e suas meninges de revestimento, bem como tecido conjuntivo frouxo, tecido adiposo e vasos sanguíneos.

Vista superior

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Os processos articulares inferiores não são visíveis em vista superior.

Pedículo vertebral esquerdo
Processo transverso direito
Lâmina vertebral direita
Forame vertebral
Processo articular superior direito
Pedículo vertebral direito
Esse orifício existe apenas na peça sintética para encaixe na caixa
Processo espinhoso
Lâmina vertebral esquerda
Corpo vertebral
Processo articular superior esquerdo
Processo transverso esquerdo

2.3. Características das vértebras cervicais

      As vértebras cervicais (C I – C VII) são as menores vértebras móveis e o tamanho se deve pelo fato de sustentarem menor peso do que as vértebras inferiores, além disso, são as mais variáveis, pois as duas primeiras vértebras são muito diferentes das outras cinco vértebras cervicais. Outra característica importante é que todas possuem três forames, um forame vertebral e dois forames transversários. Os forames vertebrais das vértebras cervicais são os maiores quando comparados com os das vértebras torácicas, lombares e sacrais e isso se deve à presença da intumescência cervical da medula espinal. Já os dois forames transversários, localizados nos processos transversos, são locais de passagem da artéria vertebral e sua veia e fibras nervosas. Outras diferenças que são encontradas nessas vértebras estão nos processos espinhosos mais horizontalizados e que, muitas vezes, principalmente em homens, apresentam suas pontas ramificadas chamadas de processos espinhosos bífidos.

Vista anterior da coluna cervical

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Vista superior

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Vista superior (C7)

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Processo articular superior esquerdo
Art. atlantoaxial lateral esquerda
Áxis (C2)
N. espinal C3
C3
C7 - vértebra proeminente
C5
C6
C4
A. vertebral esquerda
A. vertebral direita
Face articular superior esquerda
Processo articular superior esquerdo
Processo transverso esquerdo
Sulco para o n. espinal
Forame transversário esquerdo
Processo transverso direito
Corpo vertebral
Processo articular superior direito
Forame vertebral
Processo espinhoso
Forame transversário esquerdo
Processo articular inferior esquerdo
Processo articular inferior direito
Face articular superior direita
Processo espinhoso (proeminente e mais horizontalizado)

      2.3.1. ATLAS (C1)

       O nome Atlas é em homenagem ao mito grego que suportava o peso do mundo sobre os seus ombros. Dessa maneira, a vértebra C1 tem como função suportar a cabeça através do seu osso em forma de anel e grandes massas nas laterais. Essa vértebra é considerada atípica, pois não apresenta corpo vertebral nem processo espinhoso. Das duas grandes massas laterais, emergem anteriormente e posteriormente os arcos vertebrais anterior e posterior, respectivamente. Dessas mesmas massas se originam os processos transversários e as faces articulares superiores que por sua vez são côncavas e articulam-se com os côndilos occipitais nas laterais do forame magno, formando as duas articulações atlantoccipitais. Além disso, também são originadas das massas laterais, as faces articulares inferiores que, por sua vez, articulam-se com a segunda vértebra cervical, o áxis.

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Vista superior

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Vista inferior

Massa lateral direita
Face articular superior direita
Forame vertebral
Face articular superior esquerda
Forame transversário esquerdo
Face articular inferior esquerda
Face articular inferior direita
Face articular para o dente do áxis
Tubérculo posterior
Arco posterior
Massa lateral esquerda
Processo transverso esquerdo
Tubérculo anterior
Arco anterior

         2.3.2. ÁXIS (C2)

       É a mais forte das vértebras cervicais e alguns autores considera que essa vértebra não possui corpo vertebral, porém isso não é consenso, pois é bem visível um pequeno corpo de onde se projeta um processo chamado dente do áxis. Esse dente segue em direção ao crânio e situa-se ventralmente ao forame vertebral e formando um suporte responsável pela rotação da cabeça. A articulação entre o arco anterior do atlas, o dente do áxis e as faces articulares é chamada de articulação atlantoaxial.

Vista anterior

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Processo articular superior esquerdo
Face articular superior esquerda
Face articular superior direita
Processo articular superior direito
Processo transverso direito
Corpo vertebral
Processo transverso esquerdo
Dente do áxis

Vista superolateral

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Lâmina vertebral direita
Forame vertebral
Processo articular superior direito
Processo espinhoso
Lâmina vertebral esquerda
Processo articular inferior esquerdo
Processo transverso esquerdo
Dente do áxis
Forame transversário esquerdo

Vista superior- Artt. atlantoaxiais

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Vista anterior - Artt. atlantoaxiais

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2.4. Características das vértebras torácicas

       As vértebras torácicas (T I - T XII) são vértebras comuns, porém, apresentam processos espinhosos mais longos e verticalizados. Também apresentam fóveas costais laterais que estão localizadas no corpo vertebral e no processo transverso e são caracterizadas por faces que se articulam com as costelas formando as articulações costovertebrais.

          A última vértebra (T XII) tem uma peculiaridade, pois a sua porção superior tem característica de vértebra torácica apresentando fóveas costais superiores de cada lado e sua porção inferior tem característica de vértebra lombar, pois nela não há fóveas costais inferiores. Nessa parte da coluna, podemos visualizar melhor as incisuras vertebrais superior e inferior nas bordas dos pedículos vertebrais, porém, vale ressaltar que tais incisuras estão presentes em todas as vértebras (exceção para o atlas) para formar os forames intervertebrais.

Vista lateral esquerda

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Vista superior

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Corpo do áxis
Arco posterior do atlas
Art. atlantoaxial lateral esquerda
Arco anterior do atlas
Canal vertebral
Lâmina vertebral direita do áxis
Art. atlantoaxial mediana
Dente do áxis
Art. atlantoaxial lateral direita
Face articular superior direita
Face articular superior esquerda
Processo articular inferior esquerdo
Pedículo vertebral esquerdo
Processo articular superior esquerdo
Pedículo vertebral direito
Processo articular superior direito
Processo espinhoso
Face articular inferior esquerda
Forame vertebral
Corpo vertebral
Fóvea costal superior
Fóvea articular para o tubérculo da costel
Fóvea costal inferior
Incisura vertebral superior
Processo transverso esquerdo
Forame vertebral
Face articular superior esquerda
Processo transverso esquerdo
Incisura vertebral inferior
Face articular superior direita
Face articular superior esquerda
Processo articular superior esquerdo
Processo transverso direito
Lâmina vertebral direita
Processo espinhoso
Lâmina vertebral esquerda

Vista posterior

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Vista anterior

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Vista posterior

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2.5. Características das vértebras lombares

      As vértebras lombares (L I – L V) são as maiores vértebras da coluna, apresentando corpos vertebrais grandes e mais resistentes, pois o peso do corpo aumenta em direção à extremidade inferior da coluna vertebral. As vértebras lombares são identificadas pelo aumento do tamanho quando comparadas às vértebras torácicas e também pela ausência de fóveas articulares costais e de forames transversários. 

        Além disso, apenas nas vértebras lombares apresentam os processos mamilares que permitem a fixação de alguns músculos e os processos acessórios que permitem a fixação dos músculos intertransversários no dorso. Outra característica que podemos observar são seus processos espinhosos mais curtos e grosseiros.

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Vista lateral esquerda

Vista superior

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Processo articular superior esquerdo
Lâmina vertebral esquerda
Lâmina vertebral direita
Processo articular superior esquerdo
Corpo vertebral
Processo espinhoso
Processo espinhoso
Corpo vertebral
Processo articular superior direito
Processo articular superior direito
Face articular superior esquerda
Processo transverso esquerdo
Processo transverso direito
Processo transverso esquerdo
Processo transverso direito
Face articular superior direita
Processo mamilar direito
Processo transverso direito
Lâmina vertebral esquerda
Processo acessório esquerdo
Processo transverso esquerdo
Face articular superior esquerda
Incisura vertebral superior
Processo articular superior esquerdo
Pedículo vertebral esquerdo
Corpo vertebral
Forame vertebral
Pedículo vertebral esquerdo
Corpo vertebral
Processo espinhoso
Face articular inferior esquerda
Incisura vertebral inferior
Processo mamilar esquerdo
Processo mamilar esquerdo
Pedículo vertebral direito
Lâmina vertebral direita
Processo articular inferior esquerdo
Processo transverso esquerdo
Processo articular superior direito
Processo articular superior esquerdo
Corpo vertebral
Processo espinhoso
Processo espinhoso
Processo transverso esquerdo
Processo mamilar esquerdo
Face articular superior esquerda
Face articular superior direita
Processo transverso direito
Processo transverso direito
Processo articular superior esquerdo
Processo articular superior direito
Processo articular inferior esquerdo
Processo articular inferior direito

2.6. Sacro

        O sacro é um osso em formato triangular e apresenta a fusão das cinco vértebras que começam  no início da fase adulta. Forma o teto e a parede posterossuperior da cavidade pélvica e tem como função sustentar a coluna vertebral. O sacro é inclinado de uma forma que faz um ângulo que  varia de 130º a 160º, chamado de ângulo lombossacral.

         A superfície anterior (face pélvica), parte côncava, apresenta quatro pares de forames sacrais anteriores, onde passam os ramos ventrais dos quatro nervos espinais sacrais superiores. Além disso, entre esses forames direitos e esquerdos, estão as linhas transversais que marcam a fusão das vertebras sacrais. A superfície dorsal, parte convexa, possui uma crista sacral mediana que é devido à fusão dos processos espinhosos, duas cristas sacrais mediais devido à fusão dos processos articulares, duas cristas sacrais laterais devido à fusão dos processos transversos e quatro forames sacrais posteriores.

        A base do sacro é a região que se articula com a vértebra L V. Anteriormente à ela, tem-se uma projeção para frente chamada de promontório da base do sacro que significa um ponto de referência na obstetrícia. Na parte inferior está o ápice do sacro que articula-se com o cóccix. 

        O canal sacral contém a cauda equina que são feixes de raízes de nervos. Com a falta das lâminas da quinta vértebra do sacro forma uma estrutura chamada de hiato sacral e ao lado direito e esquerdo dele encontra-se os cornos sacrais que são unidos ao cóccix. Bilateralmente, o sacro apresenta faces auriculares para formar as articulações sacroilíacas com os ossos do quadril.

2.7. Cóccix

        O cóccix é um osso em formato de triângulo devido à fusão das quatro vértebras coccígeas, cujo processo ocorre entre 20 e 30 anos.  Os processos articulares da primeira vértebra do cóccix  formam os cornos coccígeos que se articulam com o sacro.

Vista anterior - Face pélvica

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Asa sacral esquerda
Processo articular superior esquerdo
Promontório sacral
1º Forame sacral anterior direito
1º Forame sacral anterior esquerdo
Linha transversal
3º Forame sacral anterior esquerdo
3º Forame sacral anterior direito
Ápice do sacro
Art. sacrococcígea
Ápice do cóccix
Asa sacral direita
Processo transverso esquerdo do cóccix
Processo articular superior direito
Base do sacro
Processo transverso direito do cóccix
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Vista posterior - Face dorsal

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Vista lateral esquerda

3. Esterno

       Aproximadamente até os 25 anos, o corpo do esterno apresenta segmentações chamadas esternebras, que articulam entre si por meio de sincondroses. Durante a puberdade essas articulações começam a sofrer o processo de sinostose, ao passo que após os 25 anos de idade, a superfície anterior do esterno, praticamente plana, apresenta três cristas transversais que são resquícios das esternebras.

        Continuando o estudo do esqueleto axial, passaremos a descrever os ossos que compõem a caixa torácica. As vértebras torácicas (T I a T XII) já foram descritas em conjunto com a coluna vertebral e ao final mostraremos a relação anatômica entre as 12 vértebras e as costelas, as quais, juntamente às cartilagens costais e ao esterno, formam o arcabouço que aloja os órgãos torácicos.

         O esterno é um osso ímpar, classificado como plano e mediano na região anterior do tórax, fechando o mediastino anteriormente, juntamente às cartilagens costais que a ele se ligam. Anatomicamente, é formado por três ossos distintos que se articulam por meio de sínfises. O manúbrio é a porção trapezoide e superior, também é mais largo e espesso, e se articula inferiormente com o corpo do esterno, porção média, mais alongada. Essa articulação é denominada de sínfise manubrioesternal (apesar de ser uma sincondrose) e marca a posição do ângulo do esterno (de Louis), cujo vértice aponta para frente. O corpo do esterno, por sua vez, articula-se inferiormente com a menor porção do esterno, o processo xifoide, projeção pontiaguda, que porém, apresenta grande variação anatômica, podendo apresentar-se rombo, bífido, curvo ou defletido para um lado ou anteriormente. Até em torno dos 40 anos, o processo xifoide é cartilagíneo, já em idosos pode apresentar-se fundido (sinostose) ao corpo do esterno. A articulação formada entre o corpo e o processo xifoide do esterno é cartilagínea, formando a sínfise xifoesternal.

         As margens do esterno são marcadas por escavações em forma de letra "C", incisuras, que formam pontos de referência ou articulações com as clavículas e cartilagens costais. No manúbrio, em sua margem superior, podemos palpar um centro côncavo, a incisura jugular ("incisura supraesternal"). De cada lado da incisura jugular, temos o par de incisuras claviculares para formar as articulações com as extremidades esternais das clavículas (artt. esternoclaviculares direita e esquerda). Vale ressaltar que a formação dessas articulações aprofundam a concavidade da incisura jugular do esterno na base do pescoço. Inferiormente às incisuras claviculares, nas margens laterais do manúbrio, temos as incisuras costais para as cartilagens costais do primeiro par de costelas (costela I). Ao total temos 7 pares de incisuras costais, ao longo das margens laterais do esterno, sendo que as incisuras para as segundas e sétimas costelas estão divididas ao meio pela sínfise manubrioesternal e pela sínfise xifoesternal, respectivamente.

Vista anterior do esterno e cartilagens costais

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OBS. as cartilagens costais não fazem parte do esterno

OBS. as incisuras costais são bilaterais

O processo xifoide é um ponto de referência importante no plano mediano porque:

•Sua junção com o corpo do esterno na articulação xifoEsternal indica o limite inferior da parte central da cavidade torácica; essa articulação também é o local do ângulo infraesternal (“ângulo subcostal”) da abertura inferior do tórax.

•É um marcador na linha mediana do limite superior do fígado, do centro tendíneo do diafragma e da margem inferior do coração (MOORE; DALLEY; AGUR, 2019).

4. Costelas

      São 12 pares de ossos planos, curvos que formam grande parte da porção ântero-látero-posterior da caixa torácica (gradil costal). Anteriormente, as extremidades planas dos pares de costelas de I a X possuem cartilagens hialinas (cartilagens costais) que podem ou não se articular diretamente com o esterno. Posteriormente, a cabeça da costela se articula com o corpo da vértebra torácica correspondente e com o corpo da vértebra torácica superior a ela. Além disso, o tubérculo da costela também se articula com o processo transverso da vértebra torácica correspondente. Os pares de costelas são nomeados com números de I a XII e se dispõem de superior para inferior. Entre cada duas costelas há um espaço preenchido por 3 camadas de músculos, denominados espaços intercostais.

        As costelas podem ser classificadas de duas maneiras:

  • De acordo com a comunicação com o esterno:

      a) Costelas verdadeiras (vertebrocostais): I a VII costelas – fixam-se diretamente ao esterno por meio de suas cartilagens costais próprias;

       b) Costelas falsas (vertebrocondrais): VIII a X costelas – fixam-se indiretamente ao esterno, pois suas cartilagens articulam-se com as cartilagens costais imediatamente superiores a elas, formando uma margem costal que se fixa às cartilagens do sétimo par de costelas;

        c) Costelas flutuantes (vertebrais, livres): XI e XII costelas – são mais curtas e não se conectam ao esterno, sendo presas apenas às vertebras torácicas, posteriormente. Terminam na musculatura abdominal posterior.

  • De acordo com o formato:

       a) Costelas típicas: III a IX costelas. Possuem posteriormente, uma cabeça com duas faces articulares, uma face para a articulação com a vértebra numericamente correspondente e outra face para a articulação com a vértebra superior; a cabeça se liga ao corpo da costela (parte mais alongada) pelo colo da costela (porção estreita); há uma protuberância óssea rugosa, voltada para baixo, na junção entre corpo e o colo da costela, o tubérculo da costela, que possui uma face articular lisa para articulação com o processo transverso da vértebra correspondente e uma face rugosa para o ligamento costotransversário. O corpo da costela é fino, achatado e encurvado, principalmente no local denominado ângulo da costela (parte mais encurvada); a face interna côncava do corpo possui, inferiormente, o sulco da costela, que protege o nervo e os vasos intercostais.

        b) Costelas atípicas: I, II, XI e XII; (X) costelas. A costela I é a mais curta, encurvada e alargada das costelas, possui uma única face articular em sua cabeça que se articula apenas com o corpo da primeira vértebra torácica e dois sulcos transversais na face superior para os vasos subclávios. A costela II é um pouco mais longa e menos encurvada que a costela I, e sua cabeça possui duas faces que se articulam com os corpos das vértebras T I e T II. As costelas XI e XII são muito finas, muito curtas e não possuem colo e nem tubérculo, e como a costela I, têm apenas uma face articular em suas cabeças e articulam-se apenas com a vértebra de mesma numeração.

OBS. Alguns autores como Moore, consideram a costela X como atípica, pois a mesma possui apenas uma face articular em sua cabeça e articula-se apenas com uma vértebra torácica.

Vista anterior do esqueleto da caixa torácica

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OBS. temos apenas 9 EIC porque as costelas XI e XII não se articulam de forma alguma com o esterno.

Vista inferior de costela típica

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Vista superior da costela I

Vista superior da costela II

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Vista superior das costelas XI e XII

Costela XI

Costela XII

Vista posterior das articulações entre vértebras torácicas e costelas

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Vista superior das articulações costovertebrais

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PARTE II

BASE DO CRÂNIO

    A base do crânio é o local de entrada e saída de estruturas da cabeça, pescoço e cavidade craniana, além disso, é a parte inferior do neurocrânio (assoalho da cavidade do crânio) e viscerocrânio exceto a mandíbula.
     Os ossos que compõem essa região podem ser observados em duas vistas: superior e inferior. Na vista superior, os ossos formam a cavidade craniana, composta pelo frontal, etmoide, esfenoide, temporais, parietais e occipital. Na vista inferior temos o arco alveolar da maxila (a margem livre dos processos alveolares que circundam e sustentam os dentes maxilares), processos palatinos das maxilas, ossos palatinos, esfenoide, vômer, temporais e occipital.
Âncora 1
Ossos da Base do Crânio
Vista superior
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Fossas e Forames da Base do Crânio
Vista superior
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Fossas e Forames da Base do Crânio
Vista posterossuperior
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Ossos e Forames da Base do Crânio
Vista inferior
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