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MÚSCULOS DOS MEMBROS SUPERIORES E ESTRUTURAS RELACIONADAS

     O membro superior é caracterizado por sua mobilidade e capacidade de realizar preensão, golpear e executar atividades motoras complexas como a manipulação de objetos e execução de tarefas como a escrita. A maior parte dessas funções são executadas pela mão e quanto mais distal no membro maior o número de músculos destinados a essas ações.

   Os músculos que se encontram nas regiões peitoral e escapular podem ser divididos em: toracoapendiculares anteriores, toracoapendiculares posteriores (conhecidos como extrínsecos do ombro) e escapuloumerais (conhecidos como intrínsecos do ombro). Esses músculos são divididos em compartimentos por suas respectivas fáscias.

1.1. MÚSCULOS TORACOAPENDICULARES ANTERIORES

         São compostos pelos músculos peitoral maior, peitoral menor, subclávio e serrátil anterior.

  • Músculo peitoral maior: músculo que cobre a parte anterossuperior do tórax e está localizado profundamente a fáscia peitoral. Sua origem apresenta 2 cabeças, a cabeça clavicular que está fixada na metade medial da face anterior da clavícula e a cabeça esternocostal que está fixada na face anterossuperior do esterno, nas 6 cartilagens costais superiores e na aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome. Sua inserção está fixada no lábio lateral do sulco intertubercular do úmero. Esse músculo é irrigado pelos nervos peitorais lateral e medial, a cabeça clavicular é irrigada pelos nervos C5 e C6 e a cabeça esternocostal pelos nervos C7, C8 e T1. Sua principal ação é aduzir e rodar medialmente o úmero, e mover a escápula anterior e inferiormente. A cabeça clavicular flete o úmero, enquanto que a esternocostal o estende, a partir da posição fletida. Além disso, auxilia na inspiração profunda.

  • Músculo peitoral menor: está situado profundo ao músculo peitoral maior, na parede anterior da axila e é coberto pela fáscia clavipeitoral, que também cobre o músculo subclávio. Esse músculo de forma triangular apresenta fixação próxima às cartilagens costais das costelas III a V e inserção na margem medial e face superior do processo coracoide da escápula. Esse músculo é inervado pelo nervo peitoral medial, que recebe fibras de C8 e T1. Sua principal ação é estabilizar a escápula, movendo inferior e anteriormente contra a parede torácica. Por movimentar as costelas, esse músculo também auxilia na inspiração profunda.

  • Músculo subclávio: apresenta formato cilíndrico, está localizado inferior à clavícula, profundo a fáscia clavipeitoral, e encontra-se em posição quase horizontal. Sua origem encontra-se na junção da primeira costela com sua cartilagem costal. A inserção ocorre na face inferior do terço medial da clavícula. É inervado pelo nervo para o músculo subclávio, formado por ramos de C5 e C6. Sua principal ação é fixar e deprimir a clavícula.

  • Músculo serrátil anterior: compõe a parede lateral do tórax e medial da axila. Sua origem é encontrada nas faces externas das costelas de I a VIII e a inserção na face anteromedial da escápula. É inervado pelo nervo torácico longo e sua principal ação é protrair, girar e manter a escápula contra a parede torácica.

VISTA ANTERIOR

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SUPERFICIAL

PROFUNDO

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VISTA LATERAL DIREITA (superficial)

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VISTA LATERAL ESQUERDA (profundo)

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1.2. MÚSCULOS TORACOAPENDICULARES POSTERIORES

           Os músculos toracoapendiculares posteriores, es tão localizados no dorso e também são conhecidos como extrínsecos do ombro, auxiliando na fixação do membro superior ao esqueleto axial. Eles podem ser divididos em superficiais e profundos, mas somente os superficiais estão relacionados ao membro superior.

        1.2.1. Músculos toracoapendiculares posteriores superficiais

  • Músculo trapézio: recebe esse nome porque a visualização dos lados esquerdo e direito juntos forma uma figura semelhante a um trapézio. Esse músculo cobre a parte posterior do pescoço e a metade superior da parte posterior do tronco. Sua origem está localizada no terço medial da linha nucal superior, na protuberância occipital externa, no ligamento nucal e nos processos espinhosos das vértebras CVII a TXII. Já a inserção está no terço lateral da clavícula, no acrômio e na espinha da escápula. Suas fibras podem ser divididas em três partes: descendente, transversa e ascendente, sendo cada uma responsável por movimentos diferentes. A parte descendente eleva a escápula, a ascendente deprime e a transversa (ou todas as outras partes juntas) retrai. Quando movimentando juntas as partes descendentes e ascendentes podem girar a cavidade glenoidal superiormente. As fibras motoras que inervam o músculo trapézio são provenientes do N. acessório (11° par de nervos cranianos), já as fibras de dor e propriocepção são provenientes dos nervos espinais C3 e C4.

  •  Músculo latíssimo do dorso: cobre a metade inferior da parte posterior do tronco e se estende até o úmero. Sua origem é nos processos espinhosos das 6 vértebras torácicas inferiores, na fáscia toracolombar, na crista ilíaca e nas 3 ou 4 costelas inferiores. Sua inserção é no assoalho do sulco intertubercular do úmero. Esse músculo é responsável por estender, aduzir e girar medialmente o úmero. Sua inervação é realizada pelo nervo toracodorsal.

  • Músculo levantador da escápula: a parte superior desse músculo está coberta pelo M. esternocleidomastoideo e sua parte inferior pela parte descendente do trapézio. Sua origem é nos tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras CI a CIV. Já sua inserção é na margem medial da escápula, superior a raiz da espinha da escápula. Esse músculo é responsável pela elevação da escápula e sua rotação na cavidade glenoidal. É inervado pelos nervos dorsal da escápula e cervical.

  • Músculos romboides maior e menor: estão cobertos pelo músculo trapézio e são divididos em duas partes romboide maior e menor (o último localizado superiormente ao romboide maior) ligam os processos espinhosos das vértebras CI a CIV (romboide menor) e das vértebras TII a TV (romboide maior) à margem medial da escápula. Ambos são responsáveis por retrair a escápula, fixá-la a parede torácica e girá-la na cavidade glenoidal.

VISTA POSTERIOR (DORSO)

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SUPERFICIAL

PROFUNDO

1.3. MÚSCULOS ESCAPULOUMERAIS

    São formados por 6 músculos pequenos que ligam a escápula ao úmero, por isso são conhecidos como intrínsecos do ombro. Desses 6 músculos (deltoide, redondo maior e menor, supraespinal, infraespinal e subescapular) apenas o redondo maior e o deltoide não fazem parte do manguito rotador.

  • Músculo deltoide: cobre a parte mais lateral do ombro, onde está localizada a cabeça do úmero e está situado profundo à fáscia deltoidea. Ele pode ser dividido em 3 partes, a anterior é a parte clavicular que é responsável por fletir e rodar medialmente o braço, a posterior é a parte espinal e é responsável por estender e rodar lateralmente o braço e a média é a parte acromial, que é responsável por abduzir o braço. As 3 partes juntas ajudam o músculo supraespinal na abdução do braço, após os primeiros 15°. Sua origem ocorre no terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da escápula. A inserção está na tuberosidade para o M. deltoide no úmero. O músculo deltoide é inervado pelo nervo axilar.

  • Músculo redondo maior: encontra-se inferiormente ao músculo redondo menor, liga a face posterior do ângulo inferior da escápula (origem) ao lábio medial do sulco intertubercular do úmero (inserção). É responsável por aduzir e rodar medialmente o braço e é inervado pelo nervo subescapular inferior.

MÚSCULOS DO MANGUITO ROTADOR

  • Músculo supraespinal: ocupa a fossa supraespinal da escápula (origem) e termina na face superior do tubérculo maior do úmero (inserção). O músculo supraespinal é coberto por uma fáscia extremamente densa, a fáscia supraespinal, presente na parte posterior do tórax. Ele é o responsável pela abdução do braço até os 15 primeiros graus, depois desse ângulo recebe ajuda do M. deltoide. É o único músculo do manguito rotador que não realiza a rotação do úmero. Esse músculo é inervado pelo nervo supraescapular.

  • Músculo infraespinal: ocupa a fossa infraespinal (origem) e termina na face média do tubérculo maior do úmero (inserção). Ele é coberto pela fáscia infraespinal, fáscia extremamente densa encontrada na parte posterior do tórax. O músculo infraespinal é responsável por rotacionar lateralmente o braço. Sua inervação também é realizada pelo nervo supraescapular.

  • Músculo redondo menor: encontrado entre o músculo redondo maior e o infraespinal, está coberto quase que completamente pelo músculo deltoide. Sua origem é na parte média da margem lateral da escápula e a inserção é na face inferior do tubérculo maior do úmero. É responsável por rodar lateralmente o braço, é inervado pelo nervo axilar.

  • Músculo subescapular: localiza-se da fossa subescapular (origem), na parte anterior da escápula, até o tubérculo menor do úmero (inserção). Sua ação é girar medialmente o úmero e ajudar a mantê-lo na cavidade glenoidal. É inervado pelos nervos subescapulares superior e inferior.

VISTA ANTERIOR

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VISTA POSTERIOR (DORSO)

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SUPERFICIAL

PROFUNDO

VISTA LATERAL DIREITA (superficial)

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VISTA LATERAL ESQUERDA (profundo)

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VISTA POSTERIOR DOS MÚSCULOS DO MANGUITO ROTADOR

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VISTA ANTERIOR DOS MÚSCULOS DO MANGUITO ROTADOR

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VISTA SUPEROLATERAL DOS MÚSCULOS DO MANGUITO ROTADOR

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VISTA SUPERIOR DOS MÚSCULOS DO MANGUITO ROTADOR

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       REGIÃO AXILAR

       A axila é um espaço piramidal que funciona como centro de distribuição das estruturas nervos, além de servir de passagem para os linfonodos, artéria e veia axilares. O conteúdo da axila está envolto por tecido adiposo, a gordura axilar, e pela bainha axilar (extensão da fáscia cervical), na região proximal.

        O ápice da axila é limitado pela 1°costela, clavícula e margem superior da escápula, e forma o canal cervicoaxilar, conexão existente entre o pescoço e a axila. Sua base é representada pela fossa axilar, que se forma a partir da fáscia clavipeitoral inferior e peitoral menor. Ela se extende do úmero até a parede torácica e é delimitada pelas pregas anterior e posterior. A prega anterior é formada pela parte inferior da paraede anterior da axial, essa parede é composta pelos músculos peitorais maior e menor e pelas fáscias peitoral e clavipeirtoral. Já a prega posterior  é formada pela parte inferior da parede porterior da axila, que é composta pela escápula e pelo músculo subescapular em sua face anterior e pelo músculos redondo maior e latíssimo do dorso em sua face inferior. A parede medial da axila é formada pela parede torácia (costelas de I a IV e suaas respectivas cartilagens costais) e pela parte superior do músculo latíssimo do dorso. A parede lateral é formada pelo sulco intertubercular do úmero.

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Figura 1 - Limites da axila (Imagem adaptada de MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).

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Figura 2 - Músculos que delimitam a axila (Imagem adaptada de MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).

2. MÚSCULOS DO BRAÇO

       Os músculos do braço são separados em 2 grupos: os flexores, encontrados no compartimento anterior e supridos pelo nervo musculucutâneo, e os extensores, encontrados no compartimento posterior e supridos pelo nervo radial. Separando esses grupos encontramos o úmero e os septos intermusculares medial e lateral, formados pela fáscia do braço que é contínua, na parte proximal, com as fáscias dos músculos deltoide, peitoral, axilar e infraespinal. Na parte distal a fáscia do braço é contínua com a fáscia do antebraço.

  • Músculo braquial: é o principal flexor do antebraço, fletindo-o em todas as posições e com velocidades diferentes. Sua fixação proximal é na metade distal da face anterior do úmero e sua fixação distal é no processo coronoide e tuberosidade da ulna. O músculo braquial está coberto pelo músculo bíceps braquial. Ele é inervado pelo nervo músculocutâneo e, em alguns casos, também pelo nervo radial.

       2.1. Músculos do compartimento anterior (flexores)

  • Músculo bíceps braquial: esse nome é decorrente da presença de 2 cabeças (ventres) na fixação proximal desse músculo, uma longa e outra curta. A cabeça longa parte do tubérculo supraglenoidal da escápula, cruza a articulação do ombro e desce pelo sulco intertubercular, no qual é protegida pelo ligamento transverso do úmero. 

  • Músculo coracobraquial: se origina na extremidade do processo coracoide da escápula e se fixa no terço médio da face medial do úmero. Realiza a adução e flexão do braço e ajuda na resistência a luxação do ombro. Também é inervado pelo nervo musculocutâneo.

Já a cabeça curta, parte da extremidade do processo coracoide da escápula. Algumas pessoas apresentam também uma terceira cabeça, que se origina da parte superomedial desse músculo. Distalmente essas cabeças se fundem formando um tendão que se fixa a tuberosidade do rádio. Partindo desse tendão, surge a aponeurose do músculo bíceps braquial, faixa membranácea triangular que atravessa a fossa cubital, protegendo suas estruturas e se fixa na margem subcutânea da ulna. A ação do músculo bíceps braquial sofre interferência de acordo com a posição do antebraço, esse músculo apenas consegue supinar e fletir o antebraço, quando está na posição de supinação. A cabeça curta do músculo ajuda o ombro a resistir a luxação. Como o m. bíceps braquial também atravessa a articulação do ombro anteriormente, é sinergista da flexão do ombro. O nervo musculocutâneo é o responsável pela inervação desse músculo.

VISTA ANTERIOR DO OMBRO, BRAÇO E PARTE DO ANTEBRAÇO

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VISTA ANTERO-MEDIAL DO OMBRO, BRAÇO E PARTE DO ANTEBRAÇO

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VISTA ANTERO-MEDIAL DO OMBRO, BRAÇO E PARTE DO ANTEBRAÇO

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VISTA LATERAL DO OMBRO, BRAÇO E PARTE DO ANTEBRAÇO

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​           2.2. Músculos do compartimento posterior

  • Músculo tríceps braquial: recebe esse nome por apresentar três cabeças (ventres): uma longa, uma curta e uma medial. A cabeça longa parte do tubérculo infraglenoidal da escápula e ajuda na extensão e abdução do braço, porém é considerada a menos ativa. A cabeça medial parte da face posterior do úmero inferiormente ao sulco do nervo radial, é a principal responsável pela extensão do braço. A cabeça curta também parte da face posterior do úmero só que da parte superior ao sulco do nervo ulnar. Ela é a mais forte e, por isso, atua quando a extensão ocorre contra resistência. As três cabeças do músculo tríceps braquial se fundem distalmente e se fixam na extremidade proximal do olécrano da ulna e na fáscia do antebraço. Esse músculo é inervado pelo nervo radial.

  • Músculo ancôneo: está situado na face posterolateral do cotovelo e se estende do epicôndilo lateral do úmero até a face lateral do olécrano e parte superior da face posterior da ulna. Ele auxilia o músculo tríceps braquial na extensão do antebraço, estabiliza a articulação do cotovelo e pode abduzir a ulna durante a pronação. O nervo radial também é responsável por sua inervação.

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VISTA POSTERIOR DO OMBRO, BRAÇO E PARTE DO ANTEBRAÇO

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3. MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO

        A fáscia do antebraço, que é contínua acima com a fáscia do braço, é uma bainha de tecido conjuntivo geral densa para os músculos, coletiva e individualmente, nesta região. Ela é fixada ao olécrano e margem posterior da ulna. Da sua face profunda passam septos entre os músculos, fornecendo-lhe fixação parcial, e alguns destes septos atingem o osso. Músculos também se originam de sua face interna, especialmente na parte superior do antebraço. Esta fáscia profunda, junto com a membrana interóssea e septos intermusculares fibrosos, dividem o antebraço em vários compartimentos. Estes são o compartimento anterior, o compartimento posterior e um compartimento conhecido como parte posterior do compartimento lateral (abrangendo os músculos braquiorradial e extensores radiais longo e curto do carpo). A fáscia é muito mais espessa posteriormente e no antebraço inferior. Ela é reforçada acima por fibras tendíneas a partir dos músculos bíceps braquial e tríceps braquial. Perto do punho, dois espessamentos localizados, os retináculos dos músculos flexores e dos músculos extensores, retêm os tendões dos dedos em posição. Vasos e nervos passam através de aberturas na fáscia.

        Em geral, os músculos flexores situam-se em posição anterior e os músculos extensores, posterior; mas as faces anterior e posterior da região distal do úmero são ocupadas pelos principais músculos flexores e extensores do cotovelo. Para garantir os locais de fixação necessários para os músculos flexores e extensores do punho e dos dedos, extensões mediais e laterais (epicôndilos e cristas supraepicondilares) desenvolveram-se na parte distal do úmero. O epicôndilo medial e a crista supraepicondilar são locais de fixação dos músculos flexores do antebraço, e as formações laterais garantem a fixação dos músculos extensores do antebraço. Assim, em vez de se situarem rigorosamente na região anterior e posterior, as partes proximais do compartimento “anterior” (flexor–pronador) do antebraço situam-se anteromedialmente, e o compartimento “posterior” (extensor–supinador) situa-se posterolateralmente.

         Dezessete músculos cruzam a articulação do cotovelo, e alguns deles atuam exclusivamente nessa articulação, enquanto outros atuam no punho e nos dedos. Na parte proximal do antebraço, os músculos formam massas carnosas que seguem inferiormente a partir dos epicôndilos medial e lateral do úmero. Os tendões desses músculos atravessam a parte distal do antebraço e continuam até o punho, a mão e os dedos. Os músculos flexores do compartimento anterior têm aproximadamente o dobro do volume e da força dos músculos extensores do compartimento posterior.

VISTA ANTERIOR DO ANTEBRAÇO E PALMA DA MÃO

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Compartimento flexor-pronador

VISTA POSTERIOR DO ANTEBRAÇO E DORSO DA MÃO

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Compartimento extensor-supinador

       3.1. Músculos flexores-pronadores do antebraço

         Os músculos flexores do antebraço estão situados no compartimento anterior (flexor–pronador) do antebraço e são separados dos músculos extensores do antebraço pelo rádio e ulna e, nos dois terços distais do antebraço, pela membrana interóssea que os une. Os tendões da maioria dos músculos flexores estão situados na face anterior do punho e são mantidos no lugar pelo ligamento carpal palmar e pelo retináculo dos músculos flexores, espessamentos da fáscia do antebraço.

       Os músculos flexores-pronadores são organizados em três camadas ou grupos: uma camada ou grupo superficial de quatro músculos (pronador redondo, flexor radial do carpo, palmar longo e flexor ulnar do carpo). A fixação proximal de todos esses músculos é feita por um tendão comum dos flexores no epicôndilo medial do úmero, a fixação comum dos flexores. Uma camada intermediária, formada pelo músculo flexor superficial dos dedos. Uma camada ou grupo profundo com três músculos (flexor profundo dos dedos, flexor longo do polegar e pronador quadrado).

3.1.1. Camada ou Grupo Superficial

  • Músculo pronador redondo: possui duas cabeças: A cabeça umeral, a maior e mais superficial das duas, origina-se no epicôndilo medial do úmero, e a cabeça ulnar, menor, originada do lado medial do processo coronoide da ulna, distal à fixação do músculo flexor superficial dos dedos. O nervo mediano geralmente entra no antebraço entre as duas cabeças do músculo pronador redondo, e é separado da artéria ulnar pela cabeça ulnar. A margem lateral do músculo pronador redondo é o limite medial da fossa cubital, a escavação triangular anterior à articulação do cotovelo. É inervado pelo nervo mediano (C6 e C7). Roda o rádio sobre a ulna (pronação do antebraço), virando a palma medialmente. Ele atua com o músculo pronador quadrado (que é sempre ativo na pronação) apenas na pronação rápida ou com força. Como todos os músculos que se originam do epicôndilo medial, o músculo pronador redondo atua como um flexor fraco da articulação do cotovelo.

  • Músculo flexor radial do carpo: o músculo flexor radial do carpo está situado medial ao músculo pronador redondo e se origina do epicôndilo medial pelo tendão comum dos músculos flexores. Seu ventre fusiforme termina em um tendão longo que passa dentro de uma bainha sinovial através de um canal lateral, formado pelo retináculo dos músculos flexores acima e um sulco no trapézio embaixo. Ele se insere na face palmar da base do segundo metacarpal, enviando um feixe ao terceiro metacarpal. Distalmente, também pode ser inserido no retináculo dos músculos flexores, trapézio ou quarto metacarpal. É inervado pelo nervo mediano (C6 e C7). Atuando com o músculo flexor ulnar do carpo, e às vezes com o flexor superficial dos dedos, flexiona o punho e ajuda os extensores radiais do carpo a abduzir a mão.

  • Músculo palmar longo: medial ao músculo flexor radial do carpo, ele se origina do epicôndilo medial pelo tendão comum, e de septos intermusculares adjacentes e fáscia profunda. Ele converge em um tendão longo, que passa anterior (superficial) ao retináculo dos músculos flexores. Algumas fibras deixam o tendão e se entremeiam com as fibras transversas do retináculo, mas a maior parte do tendão passa distalmente. Quando o tendão cruza o retináculo ele se alarga para se tornar uma folha plana que se torna incorporada na aponeurose palmar. O músculo palmar longo muitas vezes é ausente em um ou ambos os lados. É inervado pelo nervo mediano (C7 e C8). Embora a consideração da linha de ação sugira que ele desempenha um papel na flexão do carpo, sua função principal parece ser como uma âncora para a pele e fáscia da mão, ao resistir a forças tangenciais horizontais em uma direção distal (p. ex., como ao segurar um taco de golfe), as quais tenderiam a desenluvar a pele da mão.

  • Músculo flexor ulnar do carpo: é o mais medial dos flexores superficiais do antebraço. Ele se origina por duas cabeças, umeral e ulnar, conectadas por um arco tendíneo. A pequena cabeça umeral origina-se do epicôndilo medial por meio do tendão comum. A cabeça ulnar possui uma origem extensa a partir da margem medial do olécrano e dois terços proximais da margem posterior da ulna, uma aponeurose (que ele compartilha com o músculo extensor ulnar do carpo e o músculo flexor profundo dos dedos), e do septo intermuscular entre ele e o músculo flexor superficial dos dedos. Um tendão espesso se forma ao longo da sua margem anterolateral na sua metade distal. O tendão está fixado no osso pisiforme, e daí prolongado ao osso hamato e ao quinto metacarpal pelos ligamentos pisohamato e pisometacarpal. A fixação ao retináculo dos músculos flexores e ao quarto ou quinto ossos metacarpais às vezes é substancial. O nervo ulnar e o ramo posterior da artéria recorrente ulnar passam sob o arco tendíneo entre as cabeças umeral e ulnar do músculo flexor ulnar do carpo. Vasos e nervo ulnares situam-se laterais ao tendão de inserção. É inervado pelo nervo ulnar (C7, C8 e T1). Atuando com o músculo flexor radial do carpo, flexiona o punho. Atuando com o músculo extensor ulnar do carpo, ele aduz a mão.

VISTA ANTERIOR DO ANTEBRAÇO E MÃO

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3.1.2. Camada Intermediária

  • Músculo flexor superficial dos dedos: ele é o maior dos flexores superficiais, e se origina por duas cabeças. A cabeça umeroulnar se origina do epicôndilo medial do úmero pelo tendão comum, da faixa anterior do ligamento colateral ulnar, de septos intermusculares adjacentes, e do lado medial do processo coronoide proximal à origem ulnar do músculo pronador redondo. A cabeça radial, uma fina lâmina de músculo, origina-se da margem radial anterior estendendo-se desde a tuberosidade do rádio à inserção do músculo pronador redondo. O músculo geralmente se separa em dois estratos (superficial e profundo), dirigidos para os dedos 2–5. Quando os tendões passam atrás do retináculo dos músculos flexores eles estão dispostos em pares: o par superficial passa para os dedos médio e anular, o profundo para o indicador e o mínimo. Distalmente ao túnel do carpo, os quatro tendões divergem. Cada um passa na direção de um dedo superficialmente ao tendão correspondente do músculo flexor profundo dos dedos. Os dois tendões para cada dedo entram na bainha flexora digital (que começa sobre a articulação metacarpofalângica) nesta relação. O tendão superficial então se divide em dois feixes que passam em torno do profundo para se situar posteriormente. Eles subsequentemente se unem de novo e se inserem na face anterior da falange média. Algumas fibras trocam de um feixe para outro. É inervado pelo Nervo mediano (C8 e T1). É potencialmente um flexor de todas as articulações sobre as quais ele passa, isto é, articulações interfalângicas proximais, metacarpofalângicas e do punho. Sua ação precisa depende de que outros músculos estão atuando. Ele tem feixes musculares independentes para todos os quatro dedos, diferentemente do músculo flexor profundo dos dedos, que tem um grupo muscular comum para os dedos médio, anular e mínimo. Ele é portanto capaz de flexionar as articulações interfalângicas proximais individualmente.

VISTA ANTERIOR DO ANTEBRAÇO E MÃO

- A camada superficial foi retirada -

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3.1.3. Camada ou Grupo Profundo

  • Músculo flexor profundo dos dedos: origina-se profundo aos flexores superficiais de cerca dos três quartos superiores das faces anterior e medial da ulna. Ele abraça a fixação do músculo braquial acima e se estende distalmente quase até o músculo pronador quadrado. Origina-se, também, de uma depressão no lado medial do processo coronoide, os três quartos superiores da margem ulnar posterior (por uma aponeurose que ele compartilha com os músculos flexor e extensor lunares do carpo) e a face anterior da metade ulnar da membrana interóssea. O músculo termina em quatro tendões, os quais seguem inicialmente posteriores (profundos) aos tendões do músculo flexor superficial dos dedos e ao retináculo dos músculos flexores. Anteriormente às suas falanges proximais, os tendões passam através dos tendões do músculo flexor superficial dos dedos para se inserirem nas superfícies palmares das bases das falanges distais. Os tendões do músculo flexor profundo sofrem rearranjo fascicular quando passam através dos tendões do músculo flexor superficial. O músculo flexor profundo dos dedos pode ter a junção de feixes acessórios a partir do rádio (que atuam sobre o dedo indicador), do músculo flexor superficial, do músculo flexor longo do polegar, do epicôndilo medial ou do processo coronoide. A parte medial do músculo flexor profundo dos dedos, isto é, os ventres musculares para os dedos mínimo e anular, é inervada pelo nervo ulnar. A parte lateral, isto é, os ventres musculares para os dedos médio e indicador, é inervada pelo ramo interósseo anterior do nervo mediano (C8 e T1). O músculo flexor profundo dos dedos é capaz de flexionar qualquer uma ou todas as articulações sobre as quais ele passa. Portanto, ele tem um papel na flexão coordenada dos dedos, mas é o único músculo capaz de flexionar as articulações interfalângicas distais. O tendão do dedo indicador é geralmente capaz de função independente, enquanto os outros três operam juntos. 

  • Músculo flexor longo do polegar: lateral ao músculo flexor profundo dos dedos, origina-se da face anterior sulcada do rádio e se estende desde abaixo da sua tuberosidade até a inserção superior do músculo pronador quadrado. Ele se insere na face palmar da falange distal do polegar. O músculo flexor longo do polegar é às vezes conectado ao músculo flexor superficial dos dedos, ou ao profundo, ou ao músculo pronador redondo. O nervo e vasos interósseos anteriores descem sobre a membrana interóssea entre o músculo flexor longo do polegar e o músculo flexor profundo dos dedos. É inervado pelo Ramo interósseo do nervo mediano (C7 e C8). O músculo flexor longo do polegar flexiona as falanges do polegar e a articulação carpometacárpica do polegar, especialmente se as articulações mais distais estiverem rígidas ou artrodesadas.

  • Músculo pronador quadrado: é um músculo plano, quadrilátero, que se estende cruzando a frente das partes distais do rádio e ulna. Ele se origina da crista oblíqua na face anterior da diáfise da ulna, da parte medial desta superfície e de uma forte aponeurose que cobre o terço medial do músculo. As fibras passam lateralmente e ligeiramente para baixo para o quarto distal da margem e face anteriores da diáfise do rádio. Fibras mais profundas se inserem na área triangular acima da incisura ulnar do rádio. É inervado pelo Ramo interósseo anterior do nervo mediano (C7 e C8). É o principal pronador do antebraço, sendo assistido pelo músculo pronador redondo apenas na pronação rápida ou com força.

VISTA ANTERIOR DO ANTEBRAÇO E MÃO

- As camadas superficial e intermédia foram retiradas -

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OBS. o músculo pronador quadrado está recoberto

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VISTA ANTERIOR DA PARTE DISTAL DO BRAÇO E ANTEBRAÇO

- Evidenciando os músculos pronadores -

         3.2. Músculos extensores-supinadores do antebraço

     Os músculos extensores estão situados no compartimento posterior (extensor–supinador) do antebraço, e todos são inervados por ramos do nervo radial. Os tendões dos músculos extensores são mantidos no lugar na região do punho pelo retináculo dos músculos extensores, que impede o fenômeno de “corda de arco” dos tendões quando a mão é estendida na articulação do punho (radiocarpal). Quando os tendões passam sobre o dorso do punho, são revestidos por bainhas tendíneas sinoviais que reduzem o atrito nos tendões dos músculos extensores quando atravessam os túneis osteofibrosos formados pela fixação do retináculo dos músculos extensores às regiões distais do rádio e da ulna. Os músculos extensores do antebraço são organizados anatomicamente em camadas superficiais e profundas.

            3.2.1. Camada Superficial

  • Músculo braquiorradial: é o músculo mais superficial ao longo da região lateral do antebraço e forma a margem lateral da fossa cubital. Ele se origina dos dois terços proximais da crista supracondilar lateral do úmero e da face anterior do septo intermuscular lateral. Suas fibras musculares terminam em um tendão achatado que se insere na região lateral da epífise distal do rádio, imediatamente proximal ao seu processo estiloide. O músculo é muitas vezes fundido proximalmente com o músculo braquial. É inervado pelo nervo radial (C5 e C6). O músculo braquiorradial é um flexor do cotovelo (apesar de ser suprido por um nervo “extensor”, o nervo radial). Ele atua mais efetivamente com o antebraço em meia pronação. Ele é minimamente ativo em flexões lentas, fáceis, ou com o antebraço em supino, mas gera uma poderosa explosão de atividade em flexão e extensão quando o movimento é rápido.

  • Músculo extensor radial longo do carpo: Origina-se principalmente da crista supraepicondilar lateral do úmero e da frente do septo intermuscular lateral. Algumas fibras partem do tendão comum de origem dos extensores do antebraço. O ventre termina na junção dos terços proximal e médio do antebraço em um tendão achatado que segue ao longo da face lateral do rádio, profundo aos músculos abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar. Ele se insere ao lado radial da face dorsal da base do segundo metacarpal e pode enviar feixes ao primeiro ou terceiro ossos metacarpais. Ele contribui para os ligamentos intermetacarpais.  É inervado pelo Nervo radial, (C6 e C7). O músculo extensor radial longo do carpo atua como um extensor e abdutor das articulações do carpo e mediocarpal. Ele atua em sinergismo com os músculos flexores dos dedos ao cerrar um punho.

  • Músculo extensor radial curto do carpo: Origina-se do epicôndilo lateral do úmero por um tendão de origem comum aos outros extensores do antebraço, do ligamento colateral radial da articulação do cotovelo, de uma forte aponeurose que cobre sua superfície, e de septos intermusculares adjacentes. Seu ventre termina em um tendão chato que acompanha estreitamente o do extensor longo do carpo até o punho. O tendão passa sob o retináculo dos músculos extensores e é fixado à face dorsal da base do terceiro metacarpo em seu lado radial, distal ao seu processo estiloide, e em partes adjacentes do segundo osso metacarpal. Os tendões dos músculos extensores radiais longo e curto do carpo podem dividir-se em tiras, as quais são variavelmente fixadas ao segundo e terceiro ossos metacarpais. Os próprios músculos podem ser unidos ou podem trocar feixes musculares. É inervado pelo Nervo interósseo posterior (C7 e C8). O músculo extensor radial curto do carpo atua com o músculo extensor radial longo do carpo como um extensor e abdutor das articulações do carpo e mediocarpal. Ele atua em sinergismo com os músculos flexores dos dedos ao cerrar um punho.

  • Músculo extensor dos dedos: Origina-se do epicôndilo lateral do úmero por meio do tendão comum, os septos intermusculares adjacentes e a fáscia do antebraço. Ele se divide distalmente em quatro tendões, os quais passam, em uma bainha sinovial comum com o tendão do músculo extensor do indicador, através de um túnel sob o retináculo dos músculos extensores. Os tendões divergem no dorso da mão, um para cada dedo. O tendão para o dedo indicador é acompanhado pelo músculo extensor do indicador, que se situa medial a ele. No dorso da mão, os tendões adjacentes são ligados por três conexões intertendíneas variáveis (conexões intertendíneas), as quais são inclinadas distal e radialmente. As fixações digitais entram em uma expansão fibrosa no dorso das falanges proximais para a qual os tendões dos músculos lumbricais, interósseos e extensores dos dedos todos contribuem. É inervado pelo Nervo interósseo posterior (C7 e C8). O músculo extensor dos dedos pode estender qualquer uma ou todas as articulações sobre as quais passa, isto é, articulações radiocarpais, metacarpofalângicas, interfalângicas proximais e distais (as duas últimas por meio da expansão extensora dos dedos). Quando atuando sobre as articulações metacarpofalângicas, o músculo extensor dos dedos tende a separar os dedos.

  • Músculo extensor do dedo mínimo: é um músculo delgado, medial ao músculo extensor dos dedos, e usualmente conectado com ele. Ele se origina do tendão comum dos músculos extensores por uma fina faixa tendínea e dos septos intermusculares adjacentes. Frequentemente, tem uma origem adicional a partir da fáscia do antebraço. Seu longo tendão desliza em um compartimento separado do retináculo imediatamente atrás da articulação radiulnar distal. Distal ao retináculo, o tendão tipicamente se divide em dois, e a faixa lateral é unida por um tendão do músculo extensor dos dedos. Todos os três tendões são fixados à expansão digital dorsal do quinto dedo, e pode haver uma faixa para o quarto dedo. O músculo extensor do dedo mínimo raramente está ausente, mas às vezes está fundido com o músculo extensor dos dedos. É inervado pelo Nervo interósseo posterior, C7 e 8. O músculo extensor do dedo mínimo pode estender qualquer uma das articulações do dedo mínimo, ou contribuir para a extensão do punho. Ele permite extensão do dedo mínimo independentemente dos outros dedos mesmo em extremos de adução ou abdução do punho.

  • Músculo extensor ulnar do carpo: origina-se do epicôndilo lateral por meio do tendão comum dos músculos extensores, da margem posterior da ulna (por uma aponeurose compartilhada com os músculos flexor ulnar do carpo e flexor profundo dos dedos) e fáscia sobrejacente. Ele termina em um tendão que desliza em um sulco entre a cabeça e o processo estiloide da ulna, em um compartimento separado do retináculo dos músculos extensores, e fixa-se a um tubérculo no lado medial da base do quinto metacarpal. É inervado pelo nervo interósseo posterior (C7 e C8), continuação doramo profundo do n. radial. Junto com os músculos extensores radiais longo e curto do carpo, o músculo extensor ulnar do carpo atua sinergisticamente com os músculos flexores dos dedos para estender e fixar o punho quando objetos estão sendo agarrados ou quando o punho é cerrado. Observações mostram que é impossível agarrar com força a menos que o punho esteja estendido. Atuando com o músculo flexor ulnar do carpo, o músculo extensor ulnar do carpo aduz a mão.

VISTA POSTEROLATERAL DA PARTE DISTAL DO BRAÇO, ANTEBRAÇO E MÃO

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VISTA POSTEROMEDIAL DA PARTE DISTAL DO BRAÇO, ANTEBRAÇO E MÃO

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            3.2.2. Camada Profunda

  • Músculo supinador: o músculo supinador rodeia o terço proximal do rádio e possui camadas superficial e profunda. As duas partes se originam juntas, a superficial por fibras tendíneas e a profunda por fibras musculares, do epicôndilo lateral do úmero; o ligamento colateral radial da articulação do cotovelo e o ligamento anular do rádio da articulação radiulnar proximal; a crista do músculo supinador da ulna e a parte posterior da depressão triangular na frente dela; e uma aponeurose que cobre o músculo. O músculo supinador é fixado distalmente à face lateral do terço proximal do rádio, abaixo até a inserção do músculo pronador redondo. A fixação radial se estende às faces anterior e posterior entre a linha oblíqua anterior e a mais apagada “crista” oblíqua posterior. É inervado pelo nervo interósseo posterior (C6 e C7). O músculo supinador roda o rádio de modo a trazer a palma para voltar-se anteriormente. Ele atua sozinho em supinação lenta, sem oposição, e junto com o bíceps braquial na supinação rápida ou com força. Um objeto que pode, potencialmente, ser pesado muitas vezes é apanhando com o antebraço inicialmente pronado. Os supinadores mais potentes levantam o objeto contra gravidade, e a rotação muitas vezes é combinada com flexão crescente do cotovelo para trazer o objeto na direção dos olhos.

  • Músculo extensor do indicador: é um músculo estreito e alongado, que jaz medial e paralelo ao músculo extensor longo do polegar. Ele se origina da face posterior da ulna distal ao músculo extensor longo do polegar e da membrana interóssea adjacente. Seu tendão passa embaixo do retináculo dos músculos extensores em um compartimento comum com os tendões do músculo extensor dos dedos. Defronte à cabeça do segundo osso metacarpal ele se une ao lado ulnar do tendão do músculo extensor dos dedos que serve ao dedo indicador. É inervado pelo Nervo interósseo posterior (C7 e C8). O extensor do indicador ajuda a estender o dedo indicador e o punho. Ele permite extensão do dedo indicador independentemente dos outros dedos, mesmo em extremos de adução e abdução da articulação radiocarpal.

  • Músculo abdutor longo do polegar: origina-se da face posterior da diáfise da ulna distal ao músculo ancôneo, da membrana interóssea adjacente e do terço médio da face posterior do rádio distal à fixação do músculo supinador. Ele desce lateralmente, tornando-se superficial na região dista do antebraço, onde é visível como uma elevação oblíqua. As fibras musculares terminam em um tendão imediatamente proximal ao punho. O tendão segue em um sulco no lado lateral da epífise distal do rádio acompanhado pelo tendão do músculo extensor curto do polegar. Ele geralmente se divide em dois feixes, um dos quais é fixado no lado radial da base do primeiro metacarpal, e a outra é fixada ao trapézio. Faixas do tendão podem continuar para o músculo oponente do polegar ou para o músculo abdutor curto do polegar. É inervado pelo nervo interósseo posterior (C7 e C8). O músculo abdutor longo do polegar abduz a articulação radiocarpal. Atuando com o músculo abdutor curto do polegar, ele ajuda na abdução do polegar radialmente (i. e., no plano da palma). Atuando com os músculos extensores do polegar, ele estende o polegar na sua articulação carpometacarpal. O tendão também pode estabilizar o trapézio sobre o qual o primeiro metacarpal pode se mover.

            3.2.3. Músculos Salientes da Camada Profunda

  • Músculo extensor curto do polegar: origina-se da face posterior do rádio, distal ao músculo abdutor longo do polegar, e da membrana interóssea adjacente. O tendão é inserido na base da falange proximal do polegar e comumente tem uma fixação adicional à base da falange distal, usualmente através de um fascículo que se une ao tendão do músculo extensor longo do polegar. O músculo extensor curto do polegar pode ser ausente ou fundido completamente com o músculo abdutor longo do polegar. É inervado pelo nervo interósseo posterior (C7 e C8). O músculo extensor curto do polegar estende a falange proximal e o metacarpal do polegar.

  • Músculo extensor longo do polegar: ele se origina da parte lateral do terço médio da face posterior da diáfise da ulna abaixo do músculo abdutor longo do polegar, e a membrana interóssea adjacente. O tendão passa através de um compartimento separado do retináculo dos músculos extensores em um estreito sulco oblíquo no dorso da epífise distal do rádio. Ele gira em torno de um fulcro ósseo, o tubérculo dorsal do rádio, o qual muda sua linha de tração daquela do antebraço para a do polegar, e é inserido na base da falange distal do polegar. É inervado pelo nervo interósseo posterior (C7 e C8). O músculo extensor longo do polegar estende a falange distal do polegar. Atuando em associação com o músculo extensor curto do polegar e o músculo abdutor longo do polegar, ele estende a falange proximal e o osso metacarpal. Em ação continuada, como consequência da obliquidade do seu tendão, o músculo extensor longo do polegar aduz o polegar estendido e o roda lateralmente.

VISTA POSTEROLATERAL DA PARTE DISTAL DO BRAÇO, ANTEBRAÇO E MÃO

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Fossa Cubital

        A fossa cubital triangular é limitada por uma linha que une os epicôndilos medial e lateral do úmero e os músculos pronador redondo e braquiorradial que se originam, respectivamente, nos epicôndilos. Os músculos braquial e supinador formam o assoalho. O tendão do músculo bíceps braquial desce até o triângulo e se insere na tuberosidade do rádio. Medialmente ao tendão estão o nervo mediano e a parte terminal da artéria braquial. Lateralmente ao tendão está o nervo cutâneo lateral do antebraço em posição superficial, e — em um nível mais profundo — a parte terminal do nervo radial. Na tela subcutânea, na maioria das vezes uma veia intermédia do cotovelo segue um trajeto oblíquo através da fossa, unindo a veia cefálica do antebraço e a veia basílica, o que propicia um local vantajoso para a punção venosa. Em cerca de 20% da população, a veia intermédia do antebraço bifurca-se nas veias intermédias cefálica e basílica, que substituem a veia intermédia do cotovelo, que é diagonal.

VISTA ANTERIOR DA FOSSA CUBITAL

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4. MÚSCULOS DA MÃO

         A mão é a parte do membro superior distal ao antebraço, tendo o punho como a junção dessas duas partes. A mão é ajustada por movimento na articulação radiocarpal. O esqueleto da mão é formado pelos ossos carpais - no punho -, ossos metacarpais - na mão propriamente dita -, e falanges - nos dedos. Os dedos são numerados de um a cinco, começando pelo polegar: 1º polegar; 2º indicador; 3º dedo médio; 4º anular; 5º dedo mínimo. A face palmar da mão tem uma concavidade central que, juntamente com a prega do punho proximal a ela, separa duas eminências: uma eminência tenar, lateral e relacionada ao polegar (mais proeminente e na base do primeiro dedo) e uma eminência hipotenar (menor e localizada medialmente na base do 5º dedo).

 

Movimentos da mão:

  • Preensão palmar: forçar dedos contra a palma — por exemplo, ao segurar uma estrutura cilíndrica. Músculos flexores longos dos dedos (artt. interfalângicas), mm. intrínsecos na palma (artt. metacarpofalângicas) e mm. extensores do punho (artt. radiocarpal e mediocarpal). Quando há a elevação do punho pelos mm. extensores (localizados no antebraço) ocorre uma preensão com contração muscular mais completa. Entretanto, ao aumentar a flexão do punho, a preensão enfraquece.

  • Preensão em gancho: é a postura da mão usada ao carregar uma mala. Participam os músculos flexores longos dos dedos.

  • Preensão com manuseio de precisão: Há manipulação de objeto com controle fino. Nela, o punho e os dedos são mantidos firmes pelos músculos flexor e extensor longos dos dedos, e os músculos intrínsecos da mão executam os movimentos finos dos dedos.

  • Pinçamento: é a compressão de um objeto entre o polegar e o dedo indicador ou entre o polegar e outros dois dedos.

  • Posição de repouso: mão inativa, como apoiada sobre a mesa.

Fáscia e compartimentos da palma
       A fáscia palmar, que é continua com as fácias do antebraço e da parte dorsal da mão, é fina sobre as eminências tenar (fáscia tenar) e hipotênar (fáscia hipotenar). É mais espessa na parte central -forma a aponeurose palmar fibrosa, e nos dedos -forma as bainhas dos dedos. A aponeurose palmar cobre os tendões dos músculos flexores longos e reveste alguns tecidos moles. Quando há músculo palmar longo, a aponeurose palmar é o próprio tendão expandido do músculo palmar longo. Essa aponeurose gera quatro faixas ou raios digitais longitudinais que se irradiam do ápice, fixam-se na porção distal das bases das falanges proximais e tornam-se contínuas com as bainhas fibrosas dos dedos (que são tubos de revestimento das bainhas sinoviais, dos tendões dos mm. flexores superficiais, profundos e flexor longo do polegar). Existem dois septos fibrosos: um medial (que é profundo à margem medial da aponeurose palmar até o 5º metacarpo e, medial à ele, fica o compartimento hipotenar com os mm. hipotenares e a fáscia de mesmo nome) e um lateral (da margem lateral ao 3º metacarpo, contendo lateralmente à ele, o compartimento tenar com os mm. e fáscia de mesmo nome).
     Entre esses dois compartimentos está o compartimento central, anteriormente delimitado pela aponeurose palmar. Contém os tendões dos mm. flexores e suas bainhas, os mm. lumbricais, o arco arterial palmar superficial e os vasos e Nn. dos dedos. O compartimento mais profundo é o adutor que contém o m. adutor do polegar. Além disso, existem dois espaços virtuais: o tenar e o palmar médio (tem continuidade com antebraço pelo túnel do carpo). Entre eles há o septo fibroso lateral, resistente e fixado ao 3º metacarpo.

Compartimento tenar

     Músculos tenares (abdutor curto do polegar, flexor curto do polegar e oponente do polegar). Forma iminência tenar e tem como ação principal a oposição do polegar. O polegar realiza vários movimentos, principalmente pelo fato da art. Metacarpal I ser do tipo selar. Dentre os movimentos estão: Extensão (1) (mm. ext. longo do polegar, ext. curto do polegar e abdutor longo do polegar); flexão (2) (mm. flexor longo do polegar e flexor curto do polegar); abdução (3) (mm. abdutor longo e curto do polegar); adução (4) (mm. adutor do polegar e 1º interósseo dorsal); oposição  ou contar dedos (m. oponente do polegar). Os movimentos do 1 ao 4 ocorrem nas artt. carpometacarpais e metacarpofalângicas.

  • Músculo adutor curto do polegar (ACP): abduz e ajuda o m. oponente do polegar, rodando a falange proximal medialmente. É o mais lateral da parte tenar.

  • Músculo flexor curto do polegar (FCP): possui 2 ventres (cabeça superficial inervada pelo ramo recorrente do n. mediano e cabeça profunda inervada pelo ramo palmar profundo do nervo ulnar) e entre eles há o tendão do FLP. Ambos os ventres compartilham um tendão que possui um osso sesamóide distalmente. Além de ajudar na oposição do polegar, ele também flete.

  • Músculo oponente do polegar: lateral ao FCP e profundo ao ACP. Realiza oposição do polegar, girando o 1º metacarpo medialmente na art. Carpometacarpal.

         Compartimento adutor

  • Músculo adutor do polegar: Duas cabeças da mesma origem e separadas pela a. radial. Dá a força de preensão ao aduzir e mover direcionando-o à palma da mão.

       Compartimento hipotenar

       Músculos hipotenares compõem a eminência hipotenar.

  • Músculo abdutor do dedo mínimo: é o mais superficial. Abduz o dedo e ajuda na flexão de sua falange proximal.

  • Músculo flexor curto do dedo mínimo: situado lateralmente ao m. anterior, flete a falange proximal na art. metacarpofalângea.

  • Músculo oponente do dedo mínimo: profundo aos mm. supracitados. Desloca anteriormente e roda lateralmente o 5º metacarpo. Atua exclusivamente na art. carpometacarpal.

  • Músculo palmar curto: não está no compartimento hipotenar, mas sim na tela subcutânea da eminência hipotenar. Enruga a pele e ajuda na preensão palmar.

       Compartimento central (com os tendões dos músculos flexores longos) e compartimentos interósseos (separados entre os metacarpais): músculos curtos da mão.

  • Músculos lumbricais: realizam a flexão das artt. Metacarpofalânficas e extensão das interfalângicas.

  • Músculos interóssseos: São 7 músculos (4 dorsais - ABDUZEM; ou seja, afastam; OS DEDOS - e 3* palmares - ADUZEM OS DEDOS).

*Alguns autores consideram 4 palmares, incluindo a cabeça profunda do FCP. Quando agem juntos, os interósseos palmares e dorsais e os lumbricais produzem o movimento em Z, que é o oposto do movimento em garra.

Tendões dos músculos flexores longos e bainhas tendíneas na mão

       Os tendões dos mm. flexores superficiais dos dedos (FSD) e flexores profundos dos dedos (FPD) entram na bainha comum dos tendões dos músculos flexores (bolsa ulnar) abaixo do retináculo dos músculos flexores. Já os tendões entram no compartimento central da mão e se abrem em leque para entrar nas respectivas bainhas sinoviais dos dedos. Essas bainhas (dos mm. flexores e dos dedos) ocasiona o deslizamento dos tendões durante os movimentos dos dedos. Perto da base da falange proximal o tendão do FSD se divide e permite a passagem do tendão do FPD; esse cruzamento forma o quiasma tendíneo.

  • Bainhas fibrosas dos dedos: túneis resistentes de ligamentos. Dentro deles há os tendões dos músculos flexores e suas bainhas sinoviais (vão das cabeças dos ossos metacarpais às bases das falanges distais, evitando que os tendões se afastem dos dedos). Os vínculos tendíneos são pequenos vasos que dão suprimento aos tendões dos mm. flexores longos, pelo interior das pregas sinoviais. O tendão do FLP segue profundamente ao retináculo dos músculos flexores até o polegar dentro de sua própria bainha sinovial e passa por entre dois ossos sesamoides próximo à cabeça do 1º metacarpo.

VISTA PALMAR

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VISTA PALMAR

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VISTA PALMAR

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VISTA DORSAL

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Vascularização da Mão

 

Artérias da mão: a mão é irrigada por numerosas artérias que têm muitas ramificações e anastomoses para que haja sangue oxigenado para todas as partes e em todas as posições. As aa. estão situadas sob a pele. As artérias ulnar e radial e seus ramos são responsáveis por todo o fluxo sanguíneo na mão.

  • Artéria ulnar da mão: entra na mão anteriormente ao retináculo dos músculos flexores entre o osso pisiforme e o hâmulo do osso hamato através do túnel ulnar (loja de Guyon). É lateral ao nervo ulnar e divide-se em dois ramos terminais: o arco palmar superficial, que é o principal e origina 3 artérias digitais palmares comuns. Elas se anastomosam com as aa. metacarpais palmares do segundo ramo, o palmar profundo. Cada artéria digital palmar comum origina um par de artérias digitais palmares próprias, que seguem ao longo das laterais adjacentes do 2º ao 4º dedo.

  • Artéria radial da mão:  faz uma curva em direção à dorsal ao redor dos ossos escafoide e trapézio e atravessa o assoalho da tabaqueira anatômica. A artéria radial termina anastomosando-se com o ramo profundo da artéria ulnar para dar origem ao arco palmar profundo, que dá origem a três artérias metacarpais palmares e à artéria principal do polegar.

  • Artéria radial do indicador: percorre face lateral do dedo indicador, sendo um ramo da artéria radial ou da artéria principal do polegar.

Veias da mão: a drenagem profunda da mão direciona os 4 arcos palmares (venosos e arteriais; superficiais e profundos) para as veias profundas do antebraço. Já as veias digitais dorsais drenam para 3 veias metacarpais dorsais, formando uma rede venosa dorsal. Na superfície do metacarpo, essa rede segue proximal e lateralmente como VEIA CEFÁLICA e medialmente como VEIA BASÍLICA.

Inervação da Mão
         Os nervos que suprem a mão são: mediano, ulnar e radial (além de alguns nervos cutâneos lateral e posterior para pele e dorso). Esses 3 nervos principais conduzem fibras sensitivas (Nn. espinais C6-C8 para a pele = dermátomos C6-C8) e os nervos mediano e ulnar conduzem fibras motoras (N. espinal T1 = miótomo T1)

  • Nervo mediano na mão: entra na mão através do túnel do carpo (que é uma passagem profunda entre o retináculo dos flexores entre os tubérculos dos ossos escafoide e trapezoide na lateral e osso hamato na região medial), juntamente com os nove tendões dos músculos FSD (4), FPD (4) e FLP (1). Esse nervo supre dois músculos tenares e a metade de outro, além do 1º e 2º músculos lumbricais. Envia fibras sensitivas para a pele: face palmar, laterais dos três primeiros dedos, metade lateral do 4º dedo e o dorso das metades distais desses dedos. OBS: o ramo cutâneo palmar do nervo mediano (supre a região central da palma) se origina proximal ao retináculo dos músculos flexores e após o túnel do carpo sem passar por ele.

  • Nervo ulnar na mão(chamado também de Nervo dos movimentos finos, por inervar a maioria dos mm. intrínsecos realizadores dos movimentos complexos da mão): sai do antebraço e emerge profundamente ao tendão do m. FUC, continuando na região distal (limitado pela fáscia à face anterior do retináculo dos mm. flexores, passando por entre o osso pisiforme -medialmente- e a. ulnar -lateralmente-) do punho pelo túnel ulnar. Proximal ao punho, ele emite um ramo: cutâneo palmar (vai superficialmente ao retináculo dos mm. flexores e à aponeurose palmar) que inerva a pele da face medial da palma da mão. O ramo cutâneo dorsal do nervo ulnar supre a metade medial do dorso da mão, o 5o dedo e a metade medial do 4º dedo. Na margem distal do retináculo dos músculos flexores, o N. Ulnar produz os ramos superficial (gera ramos cutâneos para faces anterior do 5º dedo e metade medial do 4º) e profundo (inerva mm. hipotênares; os 2 mm. lumbricais mediais; o m. adutor do polegar; a cabeça profunda do m. FCP e todos os mm. interósseos. Além de inervar artt. radiocarpal; carpometacarpal e intermetacarpal).

  • Nervo radial na mão: O ramo superficial do nervo radial é apenas sensitivo, suprindo a pele e a fáscia nos dois terços laterais do dorso da mão, o dorso do polegar e as partes proximais do polegar e da metade medial do dedo indicador.

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