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         O encéfalo é o grande centro de controle de quase todas as funções corporais e que nos diferencia dos demais animais. Apesar de sua importância, é um órgão extremamente frágil e, por esse motivo, é envolvido por um crânio rígido. "O encéfalo pode ser lesionado por um traumatismo craniano, pode ser comprimido por um tumor ou privado de oxigênio por uma ruptura ou um coágulo em uma das artérias cerebrais" (MOORE; DALLEY; AGUR, 2018).

          Os ossos que envolvem o encéfalo constituem o neurocrânio e a cavidade que o contém é a cavidade craniana. Em seu interior, o encéfalo é dividido em telencéfalo (cérebro) e diencéfalo, cerebelo e tronco encefálico. Vale ressaltar que é muito comum alguns livros considerarem o telencéfalo e o diencéfalo como divisões do cérebro. Os giros, sulcos e fissuras do córtex cerebral podem ser visualizados através das delicadas lâminas das meninges aracnoide-máter e pia-máter quando os ossos que formam a calvária e a dura-máter são removidos . "Enquanto os giros e sulcos exibem muita variação, as outras características do encéfalo, inclusive as suas dimensões gerais, são bastante uniformes entre os indivíduos" (MOORE; DALLEY; AGUR, 2018).

Vista lateral direita do encéfalo

Vista medial do encéfalo

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Vista superior da calvária

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Vista superior do encéfalo na cavidade craniana

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Vista superior da cavidade craniana e do hemisfério cerebral esquerdo

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Cavidade craniana (divide-se em:)

Fossa craniana anterior

Fossa craniana média

Fossa craniana posterior (contém a:)

Fossa cerebelar

1. TRONCO ENCEFÁLICO

        O tronco encefálico é contínuo superiormente à medula espinal e é dividido em bulbo, ponte e mesencéfalo, ocupando a fossa craniana posterior. Em geral, as funções do tronco encefálico são:

 

  • conecta a estreita medula espinal ao prosencéfalo expandido servindo como conduto para os tratos ascendentes e descendentes;

  • contém centros de reflexos importantes associados ao controle da respiração e do sistema cardiovascular e ao controle da consciência;

  • contém os núcleos importantes dos nervos cranianos III a XII e suas origens aparentes.

Vista medial de corte sagital mediano

- Tronco Encefálico -

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Vista ântero-inferior

- Tronco Encefálico -

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1.1. Bulbo

        Assim que a medula espinal passa pelo forame magno do osso occipital, ocorre uma dilatação do tecido nervoso formando a porção caudal do tronco encefálico, conhecida como bulbo (medula oblonga). Muitas das estruturas observadas na medula, principalmente, os sulcos e fissuras são contínuos nas faces bulbares, porém, várias modificações na substância cinzenta e branca começam a ser observadas, sendo as principais, o desenvolvimento de núcleos, como de alguns nervos cranianos, núcleos relacionados aos fascículos do funículo posterior e núcleos de centros cardiovasculares e respiratórios, o que confere a essa porção do tronco encefálico importante função relacionada à função cardiovascular e respiratória. 

Vista anterior

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Vista posterior

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1.2. Ponte

          A ponte é a porção média e mais volumosa do tronco encefálico. Está localizada anteriormente ao cerebelo e conecta o bulbo ao mesencéfalo. Sua nomenclatura se deve ao aspecto da sua face anterior, que se assemelha a uma ponte conectando os hemisférios cerebelares direito e esquerdo. De fato, a semelhança com uma ponte não é apenas em seu aspecto pois sua face anterior convexa mostra muitas fibras transversas que convergem em cada lado para formar o pedúnculo cerebelar médio, a principal estrutura que liga o cerebelo à ponte.

Vista anterior

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Vista posterior

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Vista posterior - estruturas relacionadas ao IVº ventrículo no bulbo e na ponte

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Imagem retirada de PROMETHEUS, 2018.

1.3. Mesencéfalo

       O mesencéfalo é a porção mais superior do tronco encefálico, mede em torno de 2 cm de comprimento e conecta a ponte e o cerebelo, ao diencéfalo e ao telencéfalo, estruturas originadas do prosencéfalo. 

Vista anterior

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Vista posterior

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Pilar do cérebro

Tegmento

Imagem adaptada de Snell, 2010.

Vista medial de corte sagital mediano

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Vista superior de corte transversal do mesencéfalo passando pelos colículos inferiores

Pedúnculo cerebral

Vista anterior

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Vista posterior

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Vista posteroinferior

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Vista lateral esquerda

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2. CÉREBRO

          O cérebro é a maior parte do encéfalo, situado nas fossas anterior e média do crânio e ocupando toda a concavidade da calvária. Divide-se em duas partes: o diencéfalo, porção mais profunda e contínua com o mesencéfalo do tronco encefálico, e o telencéfalo, que forma a porção mais periférica e volumosa, os hemisférios cerebrais. Vale ressaltar que alguns autores consideram cérebro e telencéfalo como sinônimos, mas em nosso site vamos descrever o telencéfalo como uma divisão do cérebro.

Vista medial de corte sagital mediano

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2.1. Diencéfalo

           É a parte do cérebro composta pelo tálamo, hipotálamo, epitálamo e forma o núcleo central do encéfalo, contendo núcleos envolvidos com o processamento sensorial e motor entre os centros encefálicos superiores e inferiores. Alguns autores consideram uma quarta área como parte do diencéfalo, o subtálamo. Além disso, o diencéfalo contém o terceiro ventrículo e as estruturas que formam os seus limites. 

            Os limites do diencéfalo são determinados para facilitar sua compreensão, porém, na verdade, do ponto de vista funcional, as fibras nervosas cruzam esses limites livremente. Dessa forma, podemos dizer que o diencéfalo é uma região mediana (com metades simétricas direita e esquerda) que se estende anteriormente desde os forames interventriculares até o ponto em que o IIIº ventrículo se torna contínuo com o aqueduto do mesencéfalo.

Vista medial de corte sagital mediano

- Divisões do Diencéfalo -

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Vista medial de corte sagital mediano

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Corpo Caloso
Pilar do Fórnice
Sépto Pelúcido (telencéfalo)
Corpo do Fórnice
Plexo Corióideo do IIIº Ventrículo
Estria Medular do Tálamo
Forame Interventricular
Comissura Anterior
Aderência intertalâmica
Lâmina Terminal
Quiasma Óptico
Tálamo
Hipotálamo
Eminência mediana no túber
Infundíbulo (Haste Hipofisária)
Glândula Hipófise
Recesso Pineal
Pedículo Pineal com a Comissura das Habênulas
Sulco Hipotalâmico
Recesso do Infundíbulo

2.2. Telencéfalo

      O telencéfalo é formado pelos hemisférios cerebrais, os quais contém um córtex em sua superfície, uma região interna de substância branca medular, formada por fibras comissurais, fibras de associação e fibras de projeção e que contém os núcleos da base de substância cinzenta profundamente.

            Durante a formação do embrião (fase embrionária), o desenvolvimento do telencéfalo acontece de maneira súbita e de extrema velocidade, a cinética da substância cinzenta do córtex cerebral é mais rápida do que a da substância branca, além disso, o córtex cerebral cresce rapidamente dentro de uma cavidade fechada, a cavidade craniana, o que acarreta no dobramento da parte do córtex sobre si mesma. Assim, percebe-se na superfície do cérebro do Homo sapiens e de outras espécies próximas, várias depressões chamadas sulcos, que marcam os giros ou circunvoluções cerebrais.

Vista superior

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Vista superior

        Os hemisférios cerebrais (direito e esquerdo) desempenham maiores funções para a efetividade da parte funcional do cérebro e são separados parcialmente pela foice do cérebro na fissura longitudinal do cérebro, uma fissura bastante profunda e mediana, além de apresentar notadamente giros e sulcos do córtex cerebral.

      Cada hemisfério cerebral é dividido em quatro lobos; cada um deles recebe o nome dos respectivos ossos do crânio aos quais estão relacionados, mas seus limites não coincidem com esses ossos. Cada lobo cerebral tem seus principais giros e sulcos, e dentre eles existem os principais que separam as regiões do cérebro e/ou são responsáveis por uma função específica.

       Os sulcos primários do cérebro possuem pouca variabilidade e aparecem de forma mais constante em diferentes cérebros e, por isso, são utilizados para delimitar os lobos cerebrais.

Vista superior

- Lobos e sulcos primários -

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Vista lateral direita

- Lobos e sulcos primários -

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Vista lateral esquerda

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Vista medial

- Lobos e sulcos primários -

        Os sulcos secundários são mais variáveis, ou seja, apresentam mais variações anatômicas entre diferentes cérebros e até mesmo entre os hemisférios cerebrais de um mesmo cérebro. Esses sulcos delimitam giros cerebrais dentro dos lobos cerebrais.

         Os lobos frontais ocupam a parte anterior do crânio (fossa anterior e parte anterior da calvária) e possuem três sulcos principais, que são os sulcos pré-central, frontal superior e frontal inferior. Entre o sulco central e o pré-central está o giro pré-central, responsável pela área motora do cérebro. Entre os sulcos frontal superior e frontal inferior, está o giro frontal médio e abaixo do sulco frontal inferior, o giro frontal inferior. Este último pode ser chamado de giro de Broca (mais predominante do lado esquerdo), onde se localiza uma das áreas motoras da linguagem. "A área da fala de Broca executa a formação de palavras por suas conexões com as áreas motoras primárias adjacentes; os músculos da laringe, boca, língua, palato mole e os músculos respiratórios são estimulados apropriadamente" (Snell, 2010).

Vista superior

- Lobos e sulcos primários e secundários -

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Vista lateral direita

- Lobos e sulcos primários e secundários -

Vista inferior

- Lobos e sulcos primários e secundários -

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Vista medial

- Lobos e sulcos primários e secundários -

Vista superior

Vista superior

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2.2.1. NÚCLEOS DA BASE

      Os núcleos da base são massas de substância cinzenta situadas na base do telencéfalo que participam de um complexo funcional envolvido no controle dos movimentos e de aspectos motivacionais de comportamento. De modo geral, esses núcleos auxiliam na regulação do início e término dos movimentos. Por isso, doenças desses núcleos podem ser caracterizadas por anormalidades nos movimentos, tônus muscular e postura. São 5 núcleos principais e duas estruturas adicionais:

  • Claustro – É uma Lâmina de substância cinzenta lateral ao putâmen, com função desconhecida.

  • Corpo amigdalóide ou amígdala – Componente do sistema límbico.

  • Núcleo caudado – Dividido em cabeça, corpo e cauda, possui papel importante no sistema de aprendizado e memória do cérebro.

  • Putâmen – Parte do núcleo lentiforme, atua na antecipação de movimentos corporais.

  • Globo pálido – Parte do núcleo lentiforme, atua na regulação do tônus muscular para movimentos corporais específicos.

 

          Estruturas adicionais, que formam o corpo estriado ventral:

  • Núcleo Basal de Meynert

  • Núcleo accumbens – Componente do sistema límbico, está relacionado ao sistema de recompensa do organismo. 

         Vale salientar que o núcleo caudado, o putâmen e o globo pálido formam o corpo estriado (pode ser chamado de corpo estriado dorsal), que é a principal estrutura de envio de estímulos dos núcleos da base. O corpo estriado pode ser dividido em neoestriado (formado pelo putâmen e o núcleo caudado) e paleoestriado (globo pálido). O globo pálido, ainda, divide-se em pálido medial e pálido lateral.

           De forma geral, o corpo estriado estabelece sua função através da formação de circuitos em alça corticoestriado-talamocorticais. Esses circuitos começam no córtex, chegam no corpo estriado, seguem até o tálamo e se direcionam de volta para o córtex, de onde será gerado um impulso nervoso até a medula espinal. São conhecidos 5 tipos de circuito:

  • Circuito motor – Participa da regulação da motricidade voluntária.

  • Circuito oculomotor – Relacionado aos Movimentos oculares.

  • Circuito pré-frontal dorsolateral – Atua em funções relacionadas à área pré-frontal.

  • Circuito pré-frontal orbitofrontal – Gerencia atividades relacionadas à manutenção da atenção e supressão de comportamentos socialmente indesejáveis.

  • Circuito límbico – Atua no processamento de emoções.

Vista medial de corte sagital

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Vista medial de corte sagital mediano

Vista anterior

Vista superior

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Vista anterior de corte frontal

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Imagem retirada de Prometeus, 2019.

Vista superior de corte transversal

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Imagem retirada de Prometeus, 2019.

Vista anterolateral

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Imagem retirada de Prometeus, 2019.

2.2.2. MENINGES CRANIANAS E OS SEIOS VENOSOS DA DURA-MÁTER

    Algumas membranas conjuntivas revestem e protegem o sistema nervoso central, essas membranas são contínuas entre o encéfalo e a medula espinal. São elas: pia-máter, aracnoide-máter e dura-máter, da mais interna para mais externa, respectivamente.  Uma curiosidade é que no embrião a pia-máter e a aracnoide-máter ficam unidas num mesmo folheto e podem ser chamadas de leptomeninges, ou meninge fina, já a dura-máter é conhecida como paquimeninge, ou meninge espessa. As meninges cranianas são denominadas dessa forma porque recobrem o encéfalo e é delas que vamos tratar a seguir. Apesar de possuírem semelhanças com as meninges cranianas, as meninges espinais estão descritas juntamente à medula espinal.

        1. DURA-MÁTER

        É a mais superficial, espessa e resistente das meninges. Apresenta muitas fibras colágenas, é ricamente vascularizada e inervada. Difere da dura-máter espinal por conter 2 folhetos: um interno ou folheto meníngeo e um externo ou folheto periosteal, sendo apenas o interno contínuo com a dura-máter espinal. O folheto externo adere aos ossos do crânio, se comportando como periósteo, entretanto, não possui capacidade osteogênica. Em virtude dessa aderência, não existe no encéfalo um espaço epidural. A principal artéria que irriga essa meninge é a artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar média. Toda sensibilidade intracraniana advém da dura-máter e dos vasos sanguíneos, uma vez que o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas. 

        Em algumas regiões o folheto interno se desprende do externo e forma algumas pregas de dura-máter, as quais dividem a cavidade craniana em compartimentos. As principais são:

 

  • Foice do cérebro: separa os hemisférios cerebrais na linha mediana, invaginando na fissura longitudinal do cérebro até chegar ao corpo caloso;

  • Tentório ou tenda do cerebelo: separa o cerebelo superiormente do telencéfalo (lobo occipital);

  • Foice do cerebelo: separa os hemisférios cerebelares na linha mediana até chegar à superfície do verme;

  • Diafragma da sela: pequeno disco que recobre a sela turca onde encontramos a glândula hipófise. Seu centro é perfurado para permitir a passagem do infundíbulo (haste da hipófise).

        Em outras regiões esse desprendimento do folheto interno é maior e produz algumas cavidades revestidas de endotélio e contendo sangue venoso, chamadas de seios da dura-máter. Basicamente esses seios são canais venosos que participam da circulação sanguínea do encéfalo e do globo ocular. O sangue proveniente dessas regiões é drenado para os seios da dura-máter e destes seguem para as veias jugulares internas, na base do crânio. Os seios ainda podem se distinguir em relação à sua disposição de acordo com a abóbada e com a base do crânio.

        Os seios da abóbada são:

  •  Seio sagital superior

  •  Seio sagital inferior

  •  Seio reto

  •  Seio transverso

  •  Seio sigmóide

  •  Seio occipital

         Os seios da base são:

  •  Seio cavernoso

  •  Seios intracavernosos

  •  Seio esfenoparietal

  •   Seio petroso superior

  •  Seio petroso inferior

  •  Plexo basilar

 

          2. ARACNOIDE-MÁTER

        Membrana delicada, justaposta (aderida) a dura-máter e se separa desta por um espaço virtual, o espaço subdural. Nesse espaço existe uma pequena quantidade de líquido para lubrificação das superfícies de contato entre essas membranas. A aracnoide se separa da pia-máter pelo espaço subaracnóideo, este contém o líquido cerebrospinal (LCS) ou líquor. Existe ampla comunicação entre esse espaço do encéfalo e o da medula.

         A aracnoide-máter apresenta trabéculas que atravessam o espaço subaracnóideo para se ligar à pia-máter, conferindo um aspecto de "teia de aranha". As trabéculas se formam a partir da separação das leptomeninges durante o período intrauterino com a produção e preenchimento pelo LCS.

        Enquanto a dura-máter e a aracnoide-máter seguem o formato da abóbada craniana, a pia-máter segue firmemente a superfície do encéfalo, inclusive seus giros e sulcos. Por isso, o espaço subaracnóideo tem uma profundidade variável, sendo bem dilatado nas áreas dos sulcos (veja mais adiante a descrição das CISTERNAS SUBARACNOIDEAS).

       3. PIA-MÁTER

        É a mais interna das meninges e adere firmemente à superfície do encéfalo. A porção mais profunda recebe prolongamentos de astrócitos do tecido nervoso: membrana pio-glial. Uma de suas funções é conferir maior resistência aos órgãos nervosos, já que o mesmo é extremamente delicado.

           A pia-máter acompanha os vasos sanguíneos que penetram o tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo: parede externa dos espaços perivasculares. Nesses espaços contém LCS com função de amortecer o impacto da pulsação das artérias.

Vista medial de corte sagital mediano

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Ao visualizar esse modelo, observe que os cortes sagitais estão em dois planos sagitais diferentes.

Vista medial de corte sagital

Vista medial de corte sagital mediano

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Vista superior de corte transversal

Vista posterior

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Vista medial de corte sagital mediano

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Vista posterior

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2.2.3. SISTEMA VENTRICULAR E CISTERNAS SUBARACNOIDEAS

        No interior do encéfalo existem quatro cavidades que se comunicam em sequência, os ventrículos cerebrais. Essas cavidades são revestidas por células ependimárias e são responsáveis pela produção do líquido cerebrospinal (LCS) ou líquor, o qual se distribui ao longo do sistema ventricular, canal central e espaço subaracnóideo. Os ventrículos são: ventrículos laterais (primeiro e segundo), terceiro ventrículo e quarto ventrículo. Os dois ventrículos laterais se comunicam através do forame interventricular com o terceiro ventrículo. Este por sua vez se liga ao quarto ventrículo pelo aqueduto do mesencéfalo. Enfim, o quarto ventrículo é contínuo com o estreito canal central da medula espinal. É no quarto ventrículo que o LCS extravasa ao espaço subaracnoideo por meio de três forames (duas aberturas laterais e uma abertura mediana) no seu teto. O canal central na medula espinal possui uma pequena dilatação na sua extremidade inferior, chamada ventrículo terminal.

OBS. os ventrículos são derivados, durante o desenvolvimento, da cavidade do tubo neural.

Vista medial de corte sagital mediano

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IIIº 

IVº

Ventrículo lateral

As seta azuis indicam o fluxo do LCS

Vista lateral de corte sagital mediano

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      Vimos que a pia-máter se adere intimamente ao tecido nervoso acompanhado até mesmo os sulcos e demais reentrâncias. Entretanto, a aracnoide-máter fica aderida à parede interna da dura-máter e, por isso, passa por cima dos contornos irregulares da superfície cerebral, e em algumas localizações nessas dobras formam-se espaços preenchidos por LCS, chamados de cisternas subaracnóideas. A maior delas é a cisterna cerebelo-medular ou cerebelobulbar ou cisterna magna, que é utilizada para coleta de LCS em punções suboccipitais (entre o osso occipital e 1ª vértebra). "Os neurocirurgiões usam o conhecimento anatômico das cisternas subaracnóideas para criar rotas de acesso às estruturas intracranianas sem necessidade de incisar o tecido nervoso" (Jotz et al, 2017).

Vista medial de corte sagital mediano

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3. VASCULARIZAÇÃO ENCEFÁLICA

      A vascularização encefálica provém de duas artérias vertebrais e duas artérias carótidas internas, que estão situadas, após saírem da região cervical e adentrar a cavidade craniana, dentro do espaço subaracnóideo. As quatro artérias anastomosam-se na face inferior do encéfalo, formando o círculo arterial do cérebro (polígono de Willis)O círculo arterial do cérebro localiza-se na fossa interpeduncular na base do cérebro e é um arranjo quase pentagonal de vasos. 

     Em seu trajeto pelo pescoço, a artéria carótida comum bifurca-se em artéria carótida externa e interna. A artéria carótida interna ascende verticalmente através do pescoço, perfurando a base do crânio e atravessando o canal carótico do osso temporal. Ela posiciona-se horizontalmente para a frente seguindo através do seio cavernoso e emergindo no lado medial do processo clinoide anterior ao perfurar a dura-máter. Ao perfurar a aracnoide-máter, ela entra no espaço subaracnóideo e volta-se posteriormente até a extremidade medial do sulco lateral do cérebro.  

     As artérias carótidas internas direita e esquerda dividem-se, então, nas artérias cerebrais anterior e média. Porém, pouco antes da bifurcação, as artérias carótidas internas são unidas às artérias cerebrais posteriores pelas artérias comunicantes posteriores, completando o polígono de Willis. Já a artéria comunicante anterior une as artérias cerebrais anteriores, que se curvam para trás sobre o corpo caloso e, finalmente, anastomosa-se com a artéria cerebral posterior. Sendo assim, as artérias carótidas internas e seus ramos costumam ser responsáveis pela circulação anterior do encéfalo.  

    O menor ramo terminal da artéria carótida interna, a artéria cerebral anterior, emite ramos corticais que suprem toda a face medial do córtex cerebral em direção posterior até o sulco parieto-occipital e que, também, suprem uma faixa do córtex. E seus ramos centrais perfura a substância perfurada anterior e ajuda a suprir partes dos núcleos lentiforme e caudado e a cápsula interna.  

    Já o maior ramo da carótida interna, a artéria cerebral média, segue lateralmente no sulco lateral do cérebro. Seus ramos corticais suprem toda a face lateral do hemisfério, exceto pela estreita faixa suprida pela artéria cerebral anterior, o polo occipital e a face inferolateral do hemisfério, que também são supridos pela artéria cerebral posterior. E seus ramos centrais entram na substância perfurada anterior e suprem os núcleos lentiforme e caudado e a cápsula interna. 

    Além disso, quando a artéria carótida interna deixa o seio cavernoso, origina-se a artéria oftálmica. Ela é responsável por suprir o olho e outras estruturas orbitais, e seus ramos terminais suprem a área frontal do couro cabeludo, os seios etmoidais e frontais e o dorso do nariz. 

    O ramo da primeira parte da artéria subclávia é a artéria vertebral. E esta é dividida em três partes. As partes transversárias das artérias vertebrais ascendem no pescoço atravessando os forames nos processos transversos das seis vértebras cervicais superiores. As partes atlânticas das artérias vertebrais entram no crânio através do forame magno e perfuram a dura-máter e aracnoide-máter para alcançar o espaço subaracnóideo. Já as partes intracranianas das artérias vertebrais unem-se na margem caudal da ponte para formar a artéria basilar. Esse sistema arterial vertebrobasilar e seus ramos é responsável pela circulação posterior do encéfalo. 

    Antes de se unirem, as partes intracranianas das artérias vertebrais emitem ramos. Os pequenos ramos meníngeos suprem o osso e a dura-máter na fossa posterior do crânio. As artérias medulares são, também, ramos muito pequenos, que se distribuem ao bulbo. O maior ramo dessa parte é a artéria cerebelar inferior posterior, que segue um trajeto irregular entre o bulbo e o cerebelo e supre a face inferior do verme do cerebelo, os núcleos centrais cerebelares e a face inferior do hemisfério cerebelar; também supre o bulbo e o plexo corióideo do quarto ventrículo. A artéria espinal anterior é formada a partir de dois ramos, um de cada artéria vertebral próximo à sua terminação. E, por fim, a artéria espinal posterior pode originar-se da artéria vertebral ou da artéria cerebelar inferior posterior.  

       A artéria basilar, formada pela união das duas artérias vertebrais, assim denominada em face de sua íntima relação com a base do crânio, ascende até o clivo, a face inclinada do dorso da sela até o forame magno, através da cisterna pontocerebelar até a margem superior da ponte. Termina dividindo-se em duas artérias cerebrais posteriores. 

    A artéria basilar emite vários ramos. Os primeiros deles são as artérias da ponte, numerosos vasos pequenos que penetram a substância da ponte. A artéria cerebelar inferior anterior parte da artéria basilar e segue posterior e lateralmente, suprindo as partes anterior e inferior do cerebelo e alguns ramos dirigem-se à ponte e parte superior do bulbo. A artéria do labirinto é uma artéria longa e estreita que acompanha os nervos facial e vestibulococlear no meato acústico interno e supre a orelha interna. Ela pode ser ramo da artéria basilar, como também da artéria cerebelar inferior anterior. A artéria cerebelar superior nasce próximo à terminação da artéria basilar e curva-se ao redor do pedúnculo cerebral, suprindo a face superior do cerebelo, a ponte, a glândula pineal e o véu medular superior.  

    A artéria cerebral posterior, que também é um ramo da artéria basilar, curva-se lateralmente e para trás ao redor do mesencéfalo e recebe o ramo comunicante posterior da artéria carótida interna. Seus ramos corticais suprem as faces inferolateral e medial do lobo temporal e as faces lateral e medial do lobo occipital. E seus ramos centrais perfuram a substância cerebral e suprem partes do tálamo e do núcleo lentiforme, bem como o mesencéfalo, a glândula pineal e o corpo geniculado medial. Um ramo corióideo entra no corno temporal do ventrículo lateral e supre o plexo corióideo; também supre o plexo corióideo do terceiro ventrículo.  

     

    A drenagem venosa encefálica ocorre pelas veias cerebrais e cerebelares que saem do encéfalo e seguem no espaço subaracnóideo. Perfuram a aracnoide-máter e a camada meníngea da dura-máter e terminam nos seios venosos da dura-máter mais próximos, que drenam, em sua maior parte, para as veias jugulares internas

   As veias cerebrais externas seguem para cima sobre a face lateral do hemisfério cerebral e deságuam no seio sagital superior. A veia cerebral superficial média drena a face lateral do hemisfério cerebral e segue inferiormente no sulco lateral, desembocando no seio cavernoso. A veia cerebral profunda média drena a ínsula e se junta às veias cerebrais anteriores e estriadas formando a veia basilar. A veia basilar junta-se finalmente à veia cerebral magna, que por sua vez drena para o seio reto.  

    Existem duas veias cerebrais internas, e elas são formadas pela união da veia tálamo-estriada e veia corióidea no forame interventricular. As duas veias seguem posteriormente na tela corióidea do terceiro ventrículo e unem-se embaixo do esplênio do corpo caloso para formar a veia cerebral magna, que deságua no seio reto.

Vista anterior da região cervical

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Vista anterolateral

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Vista anteroinferior

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Vista medial direita

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Vista anteroinferior

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Vista inferior

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Vista lateral direita

Vista superior da base do crânio

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4. NERVOS CRANIANOS

         A terminologia "nervos cranianos" se deve ao fato de que é do tronco encefálico que emergem 10 dos 12 pares desses nervos. Próximo ao sulco ântero-lateral do bulbo emerge o nervo hipoglosso (NC XII). Já as olivas estão localizadas na parte lateral do bulbo e posteriormente ao XII par de nervo craniano. Posteriormente às olivas temos o nervo glossofaríngeo (NC IX) na porção superior e a raiz do nervo vago (NC X) na porção inferior do bulbo. 

       Do sulco bulbo-pontino emergem medialmente o nervo abducente (NC VI), intermediariamente o nervo facial (NC VII) e lateralmente o nervo vestibulococlear (NC VIII). Há também a presença do nervo intermédio entre o VIII e o VII pares de nervos cranianos que é considerado parte do nervo facial. Um detalhe importante é que apesar de o colículo facial ser formado por fibras do nervo facial, o núcleo que fica abaixo desse colículo se refere ao nervo abducente. 

        O nervo trigêmeo (NC V) emerge entre as porções anterior e lateral da ponte, vale lembrar que esse nervo apresenta uma raiz motora e outra sensitiva. Já o nervo troclear (NC IV) emerge abaixo do colículo inferior, na região mesencefálica.

       Detalhando melhor os pares de nervos cranianos temos os sensitivos (NC I, NC II e NC VIII), os motores (NC III, NC IV, NC VI, NC XI e NC XII) e os mistos (NC V, NC VII, NC IX e NC X). A maioria dos nervos cranianos se ligam a núcleos no tronco encefálico, porém o NC I se conecta ao telencéfalo, o NC II se liga ao diencéfalo e o NC XI se relaciona com os núcleos presentes na medula espinal.

          O primeiro nervo craniano é o olfatório e tem seu núcleo localizado no telencéfalo que é parte de um sistema olfativo. Esse sistema inicia no epitélio olfatório (formado neurônios bipolares, glândulas de Bowman secretoras de muco e células basais) adjacente à lâmina cribriforme do osso etmóide. Após passar por essa lâmina ocorre a transdução do sinal, chegamos ao segundo neurônio da via e por fim ao bulbo olfatório.

Vista ântero-inferior

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Vista medial direita

Vista posterior

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Vista superior da base do crânio

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5. CEREBELO

     O termo cerebelo significa "pequeno cérebro". Nada mais justo uma nomenclatura para esse pequeno órgão que possui tantos neurônios quanto seu vizinho, o cérebro. Outra curiosidade é que o cerebelo contém os maiores e os menores tipos de neurônios do sistema nervoso. Esse interessante órgão exerce uma função extremamente importante no controle da postura e dos movimentos voluntários, além disso, possui a função que conhecemos como propriocepção inconsciente, ou seja, influencia inconscientemente a contração uniforme dos músculos voluntários e coordena cuidadosamente suas ações, bem como o relaxamento de seus antagonistas. Mais um fato interessante é que diferentemente dos demais órgãos do sistema nervoso, cada hemisfério cerebelar controla os movimentos musculares no mesmo lado do corpo, não existindo uma via direta para os neurônios motores inferiores, mas exercendo seu controle por intermédio do córtex cerebral e do tronco encefálico. Portanto, para realizar suas funções adequadamente, o cerebelo precisa ser informado sobre como o movimento foi planejado (planejamento motor) e sobre como o movimento está acontecendo. Essas informações chegam ao cerebelo por meio de aferências via córtex motor e medula/tronco encefálico (tratos espino-cerebelares), respectivamente.

     O cerebelo ocupa a região inferior e posterior do encéfalo e está localizado na fossa craniana posterior, relaciona-se anteriormente com a ponte, o bulbo e o IVº ventrículo e superiormente com o telencéfalo. Uma prega da dura-máter chamada tentório do cerebelo, recobre-o superiormente, separando-o do telencéfalo. Semelhante ao cérebro, possui dois hemisférios (direito e esquerdo) e sua superfície é formada por substância cinzenta e, portanto, denominada córtex cerebelar, o qual forma inúmeras dobras ou folhas transversais que aumentam a superfície e permite maior número de neurônios. A porção mais profunda ao córtex é formada por substância branca e em seu interior temos três massas de substância cinzentas, os núcleos profundos do cerebelo (de lateral para medial: nc. denteado, nc. emboliforme, nc. globoso e nc. fastigial). Os hemisférios cerebelares são unidos por uma estrutura vermiforme, o verme do cerebelo, o qual também possui um córtex e substância branca profunda.

       Cada hemisfério é composto por lobos (anterior, posterior e floculonodular). O lobo anterior é visível na face superior do cerebelo e é separado do lobo posterior por uma fissura larga em forma de V chamada de fissura primária. O lobo posterior (conhecido também como lobo médio), que é a maior parte do cerebelo, localiza-se entre a fissura primária e a fissura posterolateral. O lobo floculonodular situa-se posteriormente à fissura posterolateral. Uma fissura horizontal profunda, encontrada ao longo da margem do cerebelo, separa as faces superior e inferior; não possui importância morfológica ou funcional.

       O cerebelo está ligado a outras partes do sistema nervoso central por numerosas fibras eferentes e aferentes que são agrupadas de cada lado em três grandes feixes, ou pedúnculos cerebelares. Os pedúnculos cerebelares superiores conectam o cerebelo com o mesencéfalo, os pedúnculos cerebelares médios com a ponte e os pedúnculos cerebelares inferiores com o bulbo.

• Pedúnculo cerebelar superior: a maioria das suas fibras são eferentes e oriundas dos núcleos denteado, emboliforme, globoso e um pequeno fascículo do núcleo do fastígio. Suas fibras decussam na região inferior do mesencéfalo, para fazer sinapse no núcleo rubro e no tálamo contralaterais. Além disso, também existem algumas projeções eferentes para os núcleos reticulares e para a área hipotalâmica. As fibras aferentes deste pedúnculo incluem o trato espinocerebelar anterior, que envia informações proprioceptivas do membro inferior e do tronco contralaterais para o cerebelo. Os aferentes ipsilaterais incluem projeções tectocerebelares do colículo superior e do colículo inferior do mesencéfalo, fibras trigeminocerebelares do núcleo mesencefálico do trigêmeo e projeções ceruleocerebelares do locus ceruleus na ponte.

• Pedúnculo cerebelar médio: é o mais calibroso dos três pedúnculos e conduz informações puramente aferentes que se originam no córtex cerebral. As fibras corticopontinas fazem sinapse na base da ponte, e a maioria dos neurônios pontinos envia fibras para o pedúnculo cerebelar médio contralateral constituindo as fibras pontocerebelares. Juntas, estas fibras constituem o sistema corticopontocerebelar.

• Pedúnculo cerebelar inferior: consiste em um trato externo compacto de fibras nervosas aferentes, o corpo restiforme, e outro medial com fibras aferentes e eferentes, o corpo justarrestiforme. O corpo restiforme conduz vias aferentes de fibras musgosas não cruzadas ao cerebelo a partir da medula espinal (trato espinocerebelar posterior) e do tronco encefálico (trato cuneocerebelar, reticulocerebelar e trigeminocerebelar) ipsilaterais e estímulos de fibras trepadeiras cruzadas do núcleo olivar inferior contralateral. O corpo justarrestiforme é composto por axônios eferentes de células de Purkinje do cerebelo vestibular, direcionados para o núcleo vestibular, e de fibras eferentes não cruzadas do núcleo do fastígio aos núcleos vestibulares e reticulares (JOTZ et al, 2017).

 

Vista ântero-inferior

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Vista medial direita

Vista anterior

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Vista posterior

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Vista superior

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Vista inferior

6. SENTIDOS ESPECIAIS

Referências
  1. MOORE, K L.; DALLEY, A F.; AGUR, A M. R. Anatomia Orientada para a Clínica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

  2. BORGES, G. Anatomia e Fisiologia Humanas. 1 ed. IESDE: Curitiba, 2019.

  3. NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre: Artes Médicas, 2004.

  4. TORTORA, G J.; NIELSEN, M T. Princípios de Anatomia Humana. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

  5. JOTZ, G.P. et al. Neuroanatomia clínica e funcional : anatomia, fisiologia e patologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

  6. SNELL, R. S. Neuroanatomia clínica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.

  7. MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. 4 ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2022.

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