É importante compreender que vários músculos atuam em mais de uma articulação e, portanto, possuem ações mais complexas. Por exemplo, o m. bíceps braquial possui ação de flexionar a articulação do cotovelo, já que a atravessa anteriormente, porém, atua também na articulação do ombro onde suas duas origens a atravessam.

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         2.1. ORGANIZAÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO

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Microscopicamente, as fibras musculares são envolvidas por um fino envoltório de tecido conjuntivo chamado endomísio, composto principalmente por fibras reticulares. Esse tecido mantém as fibras musculares juntas, permitindo-lhes movimentar-se livremente umas sobre as outras, enquanto os vasos sanguíneos que fornecem nutrientes passam por essa região. Em uma escala macroscópica, as fibras musculares se agrupam em fascículos, envolvidos por uma camada espessa de tecido conjuntivo chamado perimísio, que também permite movimento entre os fascículos e conduz vasos sanguíneos. O epimísio, uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado mais espessa, une todos os fascículos para formar o ventre muscular. Embora cada camada tenha sua própria nomenclatura, elas formam uma rede contínua interconectada. Além disso, os diferentes tipos de músculos esqueléticos são agrupados e protegidos por camadas de tecido conjuntivo chamadas fáscias.

Outra estrutura importante é o Feixe Vasculonervoso, unidade formada pelos nervos e vasos sanguíneos principais do músculo. Esses feixes vasculonervosos penetram no ventre do músculo, próximo ao tendão de origem, distribuindo-se via canais de tecido conjuntivo formados, inicialmente, nos septos musculares, locais em que o epimísio aprofunda entre os ventres musculares separando-os em grupos. As fibras motoras iniciam a função contrátil das células musculares, enquanto as fibras sensitivas fornecem o feedback para o sistema nervoso regular a função motora. Os neurônios que estimulam a contração das fibras do músculo esquelético são denominados neurônios motores somáticos ou motoneurônios alfa.